O Goldman Sachs reiterou a expectativa de uma aceleração no crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Rumo (RAIL3), dados os preços de diesel mais elevados e os maiores volumes de exportação de grãos.
Em junho, o volume consolidado de operações ferroviárias da empresa cresceu 5% ante o mesmo período do ano anterior. Na mesma comparação, o volume exportado de soja pelo Brasil diminuiu 13% na comparação mensal, enquanto os volumes transportados pela Rumo aumentou 26%.
O mesmo padrão pode ser reconhecido no que tange ao volume exportado total de soja, farelo de soja, milho e açúcar. O consolidado brasileiro recuou 10% na base mensal, ao passo que o da companhia de logística expandiu 12%.
Além disso, os preços da soja e do milho aumentaram 40% e 103%, respectivamente, em junho. O incremento incentiva produtores exportarem.
“De modo geral, ainda esperamos uma inflexão significativa do Ebitda no primeiro semestre de 2021, com preços do diesel e maiores volumes de exportação de grãos levando a uma aceleração no crescimento do Ebitda,” escreveram Bruno Amorim e Joao Frizo, do Goldman Sachs.
Os analistas ponderaram, no entanto, que os volumes do segundo trimestre de 2021 mais fracos do que o esperado representam uma desvantagem para o valuation. Os números registraram aumento de 9% contra uma projeção de alta de 16% do banco.
O Goldman Sachs manteve a recomendação de Compra para Rumo, com preço-alvo de R$ 23,50, um upside de 14,58% em relação a cotação atual da ação ordinária. A classificação está alicerceada na projeção de espaço para um crescimento sólido nos próximos anos e no prêmio mais elevado ante a taxa livre de risco.
Última cotação de Rumo (RAIL3)
A ação ordinária da Rumo (RAIL3) encerrou o pregão desta quinta-feira (15) em queda de 1,25%, a R$ 20,51. Já o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), caiu 0,73%, para 127.467,88 pontos.