Goldman corta preço-alvo de Localiza (RENT3), mas vê perspectivas positivas
A Localiza (RENT3) apresentou no final do mês passado seus resultados do quarto trimestre de 2020, com um lucro líquido de R$ 401,8 milhões. O Goldman Sachs, mesmo enxergando potencial espaço para volatilidade nos lucros, disse acreditar que os números são mais um indicador de que as “notícias negativas ficaram para trás”.
Em relatório, o banco americano destacou que os próximos resultados da Localiza podem sofrer por conta da segunda onda da pandemia de covid-19.
“Observamos que a segunda onda de covid apresenta riscos para nossas estimativas de curto prazo, pois isso poderia levar a mais bloqueios em Brasil”, ressaltou o Goldman Sachs.
Para 2021, o banco espera que o número de dias de aluguel da companhia deve cair 1%, enquanto os volume de aluguel de frotas deve encolher 3%. As projeções para 2022 para os mesmo indicadores são de quedas de 1% e 6%, respectivamente.
A instituição financeira também atualizou as previsões para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da locadora para este ano, para baixa de 4%. Em 2022, o indicador deve recuperar parte das perdas com um acréscimo de 3%, avaliou o banco.
O Goldman Sachs reduziu o múltiplo de preço sobre lucro estimado para 31,5 vezes, ante 35 vezes. A mudança acontece em razão do aumento das taxas dos títulos brasileiros de 10 anos, que apresentam uma correlação negativa com o P/L.
Goldman corta preço-alvo de Localiza
Nesse sentido, o banco norte-americano cortou o preço-alvo de 12 meses para Localiza de R$ 73,20 para R$ 68,30, principalmente devido às estimativas para 2022 e ao múltiplo inferior.
“Reiteramos nosso otimismo com Localiza ao considerarmos que a empresa deve estar bem posicionada para se beneficiar da recuperação em curso e uma provável retomada do forte crescimento que vem proporcionando nos últimos anos”, salientou o Goldman Sachs.
A análise da instituição financeira não leva em conta a fusão de negócios com a Unidas (LCAM3).
As ações da Localiza fecharam o pregão desta segunda-feira em queda de 9,39%, a R$ 55,12, a maior baixa do Ibovespa hoje. O preço atual possui um potencial de upside de 23,91%, segundo a visão do Goldman Sachs.