O Procon de São Paulo determinou que a companhia aérea Gol “suspenda imediatamente” as operações de todos os sete aviões Boeing modelo 737 MAX 8 de sua frota.
De acordo com o Procon, o motivo da suspensão é a “ocorrência de acidentes de perfil semelhantes em curto espaço de tempo”. Por ser a única a possuir a frota no Brasil, apenas a Gol foi notificada. Os voos para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe serão afetados.
Saiba mais: Gol vai adquirir 133 aviões Boeing 737 Max 8, o mesmo que caiu na Etiópia
Acidente na Etiópia e na Indonésia
No último domingo (10) um Boeing 737 MAX 8 caiu perto da cidade de Bishoftu, na Etiópia, matando 157 pessoas. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
“É um avião novo em folha, sem registros de problemas técnicos, comandado por um piloto sênior, e não há nenhuma causa à qual possamos atribuir [o acidente] neste momento”, disse o presidente da empresa aérea.
Saiba mais – Boeing: ações despencam 13% após queda de avião na Etiópia
Em outubro de 2018 outro acidente com o mesmo modelo de avião vitimou 189 pessoas. A aeronave pertencia à empresa Lion Air e tinha três meses de uso. As investigações ainda não conseguiram apurar a causa da tragédia.
Suspensão em outros países
Autoridades de aviação da China e da Indonésia ordenaram que as companhias suspendessem a utilização dos aviões Boeing 737 Max 8 após o acidente na Etiópia. Além disso, a empresa aérea Ethiopian Airlines e a Cayman Airways (das Ilhas Cayman) também interromperam a utilização desse modelo.
De acordo com a Boeing, 350 aeronaves 737 Max 8 estão em operação em 50 aéreas do mundo. A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) informou que acompanha as investigações. O órgão regulador também emitiu um relatório de avalização operacional próprio para avaliar as condições técnicas e operacionais desse modelo
Saiba mais: Gol mantém operação de modelo de avião que caiu na Etiópia
Mais cedo, a Gol havia afirmado que iria manter em operação as sete aeronaves nas rotas internacionais. “A companhia reitera a confiança na segurança da sua operação”, afirmou a empresa brasileira.
