A Gol (GOLL4) informou na última quinta-feira (9) que deve alugar aeronaves como solução para a crise enfrentada pela fabricante de aviões americana Boeing. Desde a suspensão do 737 Max a companhia aérea brasileira mantém sete aeronaves do modelo estacionada.
A Gol teme prejuízos em julho, considerado alta temporada, e espera poder retornar a operar o modelo em abril. “Durante a baixa temporada, de fevereiro até junho, o Max não faz diferença para gente. Julho é a grande questão”, disse o vice-presidente das operações da companhia, Celso Ferrer.
De acordo com Ferrer, ainda não há uma estratégia traçada para o período de alta temporária. No entanto, afirmou que “se tivermos um atraso adicional, teremos de construir um crescimento de capacidade para julho”.
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Apesar do atraso e da crise com 737 Max, o executivo informou que a companhia aérea pretende adquirir 51 aeronaves de mesmo modelo até 2024. Para este ano, o plano é comprar 16 aviões 737 Max, atingindo uma frota de 23 unidades deste tipo.
“O contrato com a Boeing oferece a possibilidade de atrasar a entrega desses aviões, se for necessário. O volume de entregas por ano pode ser alterado em 10 a 20 aviões, o que nos dá flexibilidade para ajustar a frota”, afirmou o vice-presidente da aérea.
O modelo foi proibido de operar em março de 2019 após dois acidentes, um na Indonésia e um na Etiópia, que causaram 346 mortes. Os órgãos reguladores devem decidir sobre uma possível retomada do modelo até fevereiro.
Além da aquisição das aeronaves, Ferrer declarou que a empresa está negociando com a Boeing a vinda de simuladores de voo do modelo 737 Max para o Brasil. A medida seria uma forma de treinar os pilotos para usar as novas versões das aeronaves que serão adquiridas.
A Gol pretende aumentar a frota aérea em 140 aviões neste ano, 144 em 2021, 147 em 2022 e 151 em 2023. As aeronaves utilizadas pela companhia serão dos modelos 737 Max e 737 NG.