A Gol (GOLL4) informou, nesta quarta-feira (15), que a compra da TwoFlex por uma de suas principais concorrentes, a Azul (AZUL4), não afeta seu plano de expansão regional.
A aérea se manifestou sobre a compra pois, em abril de 2019, a Gol assinou um acordo de compartilhamento de voos com a TwoFlex. No entanto, de acordo com a companhia, o acordo representou somente 0,007% do número de assentos ofertados no ano passado.
Dessa forma, apenas 4.185 passageiros foram transportados pela TwoFlex na parceria entre as duas empresas. O número representa 0,012% dos 35 milhões de clientes atendidos pela Gol somente em 2019.
No acordo entre as duas empresas, a Gol vende passagens aéreas para voos que serão operados pela aérea regional.
“A aquisição da TwoFlex por uma congênere em nada afeta seu plano de expansão regional e o processo de democratização do acesso ao transporte aéreo no país, protagonizado pela Gol ao longo dos 19 anos de sua história”, diz o comunicado.
Compra da TwoFlex pela Azul
A companhia aérea Azul anunciou, na última terça-feira (14), a compra da aérea regional Twoflex por R$ 123 milhões.
Com a aquisição, a Azul poderá ampliar sua presença no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A aérea aguarda a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
De acordo com o comunicado divulgado pela empresa: “A TwoFlex oferece serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, dos quais apenas três estão sendo atendidos pela Azul. A companhia também conta com 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas, o principal terminal doméstico do país. Sua frota é composta por 17 aeronaves Cessna Caravan próprias, um turboélice regional monomotor com capacidade para nove passageiros.”
Gol seguirá com planos de adquirir 737 Max
O vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer, afirmou, na semana passada, que a aérea pretende adquirir 51 aeronaves do modelo Boeing 737 Max até 2024.
Saiba mais: Gol seguirá com plano de adquirir aeronaves Boeing 737 Max
O modelo foi proibido de operar em março de 2019 após dois acidentes, um na Indonésia e um na Etiópia, que causaram 346 mortes. Desde a proibição, a aérea mantém sete aeronaves do modelo estacionadas.
“O contrato com a Boeing oferece a possibilidade de atrasar a entrega desses aviões, se for necessário. O volume de entregas por ano pode ser alterado em 10 a 20 aviões, o que nos dá flexibilidade para ajustar a frota”, afirmou o vice-presidente da Gol.