Gol nega projeção de que seu ROE seja de 20% para 2020

A Gol (GOLL4) informou ao mercado, nesta sexta-feira (10), que nega que sua projeção de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) para 2020 seja de 20%.

A informação, que foi publicada pela Coluna Broadcast, do Estadão, revela que a projeção da Gol é encerrar 2019 com um ROE de 17% e atingir, neste ano, 20%, com um pico de 25% nos próximos três ou quatro anos.

Segundo o documento, os dados surgem de uma interpretação equivocada de esclarecimentos realizados em uma reunião pública com analistas no dia 9 de janeiro em relação à forma como a companhia monitora seu ROE, seguindo a análise DuPot.

“Nesse sentido, conforme acima esclarecido, a informação veiculada pela reportagem não representa uma projeção ou estimativa da companhia, mas tão-somente uma exemplificação de racional para criação de valor baseado na análise DuPot”, comunicou a empresa.

A companhia ainda acrescentou que as projeções financeiras (guidance) seguem em estrita observância à regulamentação aplicável, e indica que: “o mercado e seus investidores não utilizem, em sua tomada de decisão, quaisquer informações que sejam divergentes daquelas divulgadas oficialmente”.

Gol alugará aeronaves para solucionar crise da Boeing

A Gol informou, na última quinta-feira (9), que deve alugar aeronaves como solução para a crise enfrentada pela fabricante de aviões americana Boeing. Desde a suspensão do 737 Max a companhia aérea brasileira mantém sete aeronaves do modelo estacionada.

Saiba mais: Gol pretende alugar aeronaves como solução para crise da Boeing

A Gol teme prejuízos em julho, considerado alta temporada, e espera poder retornar a operar o modelo em abril. “Durante a baixa temporada, de fevereiro até junho, o Max não faz diferença para gente. Julho é a grande questão”, disse o vice-presidente das operações da companhia, Celso Ferrer.

De acordo com Ferrer, ainda não há uma estratégia traçada para o período de alta temporária. No entanto, afirmou que “se tivermos um atraso adicional, teremos de construir um crescimento de capacidade para julho”.

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Apesar do atraso e da crise com 737 Max, o executivo informou que a companhia aérea pretende adquirir 51 aeronaves de mesmo modelo até 2024. Para este ano, o plano é comprar 16 aviões 737 Max, atingindo uma frota de 23 unidades deste tipo.

“O contrato com a Boeing oferece a possibilidade de atrasar a entrega desses aviões, se for necessário. O volume de entregas por ano pode ser alterado em 10 a 20 aviões, o que nos dá flexibilidade para ajustar a frota”, afirmou o vice-presidente da Gol.

Rafael Lara

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