Nesta sexta-feira (5) a companhia aérea Gol (GOLL4) anunciou que continua negociando com os funcionários e sindicatos a flexibilização de jornada e salário por 18 meses. A medida visa diminuir os efeitos negativos que o novo coronavírus (covid-19) trouxe para todas as empresas de aviação ao redor do mundo.
A proposta possibilitará que a Gol adote uma jornada flexível, que vá aumentando de acordo com o crescimento da demanda por transporte aéreo. Na quinta-feira (4), o acordo foi aprovado pelos pilotos e comissários de bordo. Até o momento, os aeroviários, que trabalham em terra, ainda estão discutindo a proposta e não deram uma resposta definitiva.
Segundo o que foi reportado ao jornal Valor, Paulo Kakinoff, presidente da empresa, explicou que “a recuperação para o setor aéreo é muito gradual. E todos os agentes da cadeia terão que colaborar e se sacrificar para que a retomada aconteça. Provavelmente levará o ano de 2021”.
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Executivos da Gol também informaram que todos os funcionários que aceitarem o acordo, terão estabilidade pelos próximos 18 meses. “Se não fizer isso a companhia dificilmente conseguirá evitar demissões nos próximos meses”, disse Kakinoff.
Gol sofre com diminuição de voos
De acordo com os dados da companhia de aviação, a demanda total por voos, medida por passageiros-quilômetro transportados (RPK), apresentou queda de 93,7% em comparação com o mesmo período de 2019. Por sua vez, a oferta de assentos da empresa registrou no mês passado uma retração de 93,1%, na comparação de base anual.
Saiba mais: Gol (GOLL4): Demanda por voos despenca 93,7% em maio
No entanto, o mês de maio trouxe uma recuperação para a Gol, que teve um aumento de 5% na demanda total de passagens. Isso possibilitou um avanço de 12,1% na oferta de voos nacionais da empresa quando comparado com abril.
