A Gol (GOLL4) comunicou ao mercado nesta quinta-feira (7) que, em relação ao processo de recuperação judicial em curso sob o Chapter 11, vai avaliar internamente alternativas e/ou transações alternativas disponíveis, bem como examinará oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital.
Na nota, a Gol afirma que conduzirá um processo competitivo com o apoio de seus assessores, mas que ele ainda não começou e que “nenhuma negociação com o objetivo de concretizar uma transação foi iniciada”.
No fim de janeiro, a Gol entrou oficialmente com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, em procedimento chamado de Chapter 11. No processo, a companhia aérea conseguiu aumentar seu financiamento de devedores em posse para US$ 1 bilhão, de US$ 950 milhões.
Na última quarta-feira (6), a Azul (AZUL4) se manifestou à respeito da notícia veiculada pela Bloomberg News, citando fontes, de que a companhia aérea estaria trabalhando com o Citigroup e o Guggenheim Partners para explorar uma potencial oferta pela Gol (GOLL4).
No texto, anexado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Azul disse que “está sempre atenta às dinâmicas estratégicas do setor aéreo e à possíveis oportunidades de parcerias, podendo como prática regular contratar consultores para apoiar a empresa nesses esforços”. No entanto, até o momento, segundo a companhia, “não negociou nem aprovou nenhuma transação específica”.
“A companhia gostaria de reforçar o seu compromisso com a observância das regras de divulgação de informações periódicas, eventuais e demais informações de interesse do mercado aplicáveis às companhias abertas, garantindo sua ampla e imediata disseminação e o tratamento equitativo a todos, de forma a evitar qualquer tipo de assimetria de informação que possa prejudicar seus investidores”, acrescentou a Azul.
Azul avalia fazer oferta para aquisição total da Gol, diz agência
Segundo fontes informaram à Bloomberg News, a Azul (AZUL4) está trabalhando com o Citigroup e o Guggenheim Partners para explorar uma potencial oferta pela Gol (GOLL4).
De acordo com uma fonte, as empresas assessoram a Azul, que avalia diversas opções, incluindo a aquisição completa de sua rival, mas ainda pode decidir por deixar a ideia de lado. Vale lembrar que qualquer oferta precisaria da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
No fim de janeiro, a Gol (GOLL4) entrou oficialmente com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, em procedimento chamado de Chapter 11. No processo, a companhia aérea conseguiu aumentar seu financiamento de devedores em posse para US$ 1 bilhão, de US$ 950 milhões.
A Bloomberg lembra que embora as duas companhias – além da Latam – atendam algumas rotas de grande tráfego, a Gol está mais concentrada em voos entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, enquanto a rede da Azul para outras cidades é maior.
Para uma fonte, a Azul espera que a falta de sobreposição entre as aéreas aumente suas chances de obter aprovação regulatória caso faça uma oferta.
Em entrevista à agência, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse que a empresa monitora de perto a situação. “Você tem a obrigação com seus acionistas de observar as oportunidades que existem”.
Azul: Genial diz que “empresa vai colher frutos” da crise da concorrente e eleva recomendação
Em relatório mais recente sobre as empresas do setor aéreo, a Genial Investimentos avalia que o ano começa com uma perspectiva melhor do que em 2023.
Neste contexto, a casa está elevando a recomendação da Azul de manter para compra, com preço-alvo de R$ 23,00. Um dos motivos é o valuation descontado para 2024 e a possibilidade de colher benefícios da situação delicada da Gol, que teve recomendação rebaixada (de manter para vender).
Para 2024, a Genial avalia que as expectativas para o setor aéreo são mais positivas, impulsionadas por alguns fatores. Em primeiro lugar, os volumes de passageiros seguem em um patamar muito próximo aos observados no período pré-pandemia, apoiado por uma demanda resiliente e com espaço para continuidade do movimento de recuperação.
Além disso, os preços das passagens parecem estruturalmente mais altos, o que favorece as companhias aéreas. “Desde a retomada do fluxo de viagens no pós-pandemia, o setor convive com longas filas de espera para novas aeronaves. Por último, falando especificamente do Brasil, as crises envolvendo Hubs e a 123Milhas geraram uma pressão extra nos preços das passagens, um efeito que deve se estender por parte de 2024”, destacam os analistas.
Quanto à Azul, a research destaca que o processo de renegociação de dívidas da companhia foi mais bem conduzido que o da Gol, culminando em uma redução de R$ 4,3 bilhões dos passivos de arrendamento.
Desempenho das ações de Gol
Cotação GOLL4