Gol (GOLL4) reverte prejuízo em lucro bilionário no 1T22, alavancagem cai e ADRs ‘decolam’ 11%

A Gol (GOLL4) registrou um lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), revertendo prejuízo de R$ 2,5 bilhões um ano antes. A informação foi divulgada em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (28) antes do pregão.

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Com a notícia, as ADRs da Gol, que representam as ações da aérea na bolsa de Nova York, sobem 11% no intradia a US$ 6,55. As ações preferenciais da empresa, listadas no Brasil, sobem 3,5% no intradia.

Segundo o resultado da Gol, no critério recorrente a empresa reportou prejuízo líquido de R$ 690 milhões no período, ante resultado negativo de R$ 891,8 milhões em igual intervalo de 2021.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente do trimestre alcançou R$ 542,2 milhões, ante resultado negativo de R$ 72,1 milhões no mesmo período de 2021.

Ou seja, no balanço da Gol, consta uma margem Ebitda de 16,8% de janeiro a março, ante margem negativa de 4,6% na mesma base de comparação.

A receita operacional líquida da companhia alcançou R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre, alta de 105,4% sobre o mesmo período de 2021.

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“Nossa capacidade de emergir de uma das piores crises da história do setor aéreo como uma empresa mais competitiva e com bons resultados é uma prova do nosso flexível modelo de negócios, que nos permite rápida adaptação à dinâmica atual do mercado”, comentou em release de resultados o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

As atividades operacionais da companhia geraram aproximadamente R$ 700 milhões no 1T22. Segundo a administração, isso se deu principalmente pelo aumento no volume de vendas futuras e também contou com influência do maior volume de recebíveis e utilização de saldos de depósitos e adiantamentos para eventos de transformação de frota.

Dívida da Gol sobe, mas alavancagem encolhe

A dívida líquida ajustada da companhia fechou o trimestre em R$ 21,963 bilhões, cifra que representa um crescimento de 61,3% em relação ao mesmo período de 2021.

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Com esse número, a alavancagem da empresa – mensurada pela razão dívida líquida ajustada/Ebitda – ficou em 10,3x, queda de 1,1x em relação ao 1T21.

No que é referente às despesas, os custos com combustível de aviação somaram R$ 1,205 bilhão nos três primeiros meses de 2022, um crescimento de 113% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O balanço patrimonial demonstra que a companhia aérea fechou o 1T22 com uma frota de 142 aeronaves Boeing 737, sendo 111 NGs e 31 MAXs. No trimestre, a idade média da frota foi de 10,3 anos, contra 10,7 anos no 4T21.

Desempenho de GOLL4

No acumulado dos últimos trinta dias, as ações da Gol preferenciais, negociadas sob o ticker GOLL4, caem cerca de 30%.

A desvalorização recente coloca os papéis da Gol em um preço de R$ 14,69, representando baixa de 28% em relação ao primeiro pregão de 2022 e 50% se considerarmos a janela dos últimos 12 meses.

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Eduardo Vargas

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