Hora de decolar? Gol (GOLL4) anuncia reestruturação da dívida externa e ações disparam
Após divulgar seus resultados prévios de janeiro, a Gol (GOLL4) anunciou que irá restuturar a sua dívida por meio da emissão de títulos e do aporte de capital da Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da Avianca. Com a repercussão da notícia, por volta das 13h30, os papéis da aérea tinham alta de 2,2%, cotados a R$ 7,78. Na máxima do dia, eles chegaram a valer R$ 8,12.
Segundo o fato relevante, a reestruturação da dívida da Gol prevê a injeção de pouco mais de US$ 400 milhões e troca de bonds. Essa troca envolve papéis de todos os vencimentos da Gol que circulam no mercado – bonds 2024, 2025, 2026 e os perpétuos – por novos que serão emitidos pela Abra e terão vencimento em 2028.
Parte desses títulos permitirá a conversão em papéis da companhia. Quem tiver ações preferenciais da Gol terá o direito de preferência na subscrição de bonds conversíveis. Também será permitido que novos títulos não conversíveis sejam trocados por conversíveis.
“Será assegurado aos acionistas detentores de ações preferenciais o direito de exercer seus respectivos direitos de preferência com relação à emissão dos bônus de subscrição, o que deverá ocorrer antes do potencial conversão das GOL ESSNs com vencimento em 2028”, diz o fato relevante enviado pela aérea.
Emissão de bonds da Gol
A emissão de bonds da Gol será garantida por direitos de propriedade intelectual da marca Smiles, programa de fidelidade da Gol, avaliados em US$ 3,7 bilhões. Já em relação aos direitos de propriedade intelectual da marca e peças de reposição da Gol, o valor avaliado será de US$ 1,5 bilhão.
O documento diz ainda que alguns acionistas da Abras concordaram em investir cerca de US$ 175 milhões em dinheiro na companhia. O Grupo Ad-Hoc de credores deve aportar US$ 243 milhões na Abra para apoiar a transação.
Após o fechamento da transação, a Abra será o maior credor das dívidas da Gol.
Cotação
Nesta terça-feira (7) as ações da Gol operam com alta de 2,2%, cotadas a R$ 7,79. No acumulado dos últimos 12 meses, os papéis da aérea tiveram uma desvalorização de -55,84%.