A Gol (GOLL4) divulgou seus resultados prévios de tráfego em março, no qual registrou retração de 32% na demanda para voos (RPK) em relação a fevereiro, mostrando o impacto do recrudescimento da pandemia de covid-19. Na comparação da base anual, a retração foi de 47,8%.
Ao mesmo tempo, a oferta (ASK) recuou 23% na comparação com o mês anterior e 47,7% com o mesmo período de 2020. Tanto a oferta quanto a demanda, na comparação anual, ainda são levemente impactados pelo fato de que a Gol deixou de operar voos internacionais – em março do ano passado, a companhia realizou 1.014 voos para o exterior, número que zerou neste ano.
A taxa de ocupação dos voos ficou em 71,8%, levemente acima da registrada em mês de março do ano passado, de 71,6%. A companhia aérea operou uma média de 245 voos por dia e diz que adequou frequências à menor demanda nos seus hubs de Congonhas (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro), Brasília (Distrito Federal), Fortaleza (Ceará) e Salvador (Bahia).
Procura por voos da Gol é metade da do ano passado
No total, empresa realizou 7.581 decolagens, queda de 52% em relação a março de 2020. No acumulado do primeiro trimestre, a aérea atingiu 32.689 decolagens, queda de 48,1% ante igual período do ano anterior.
No primeiro trimestre de 2021, a demanda por voos registrou queda de 44% ante igual período do ano anterior. A mesma variação foi registrada no caso da oferta, resultando em uma taxa de ocupação de 79,8%, indicando estabilidade em relação ao reportado um ano antes.
Para a Ativa Research, os resultados da Gol em março são tímidos e comprovam os desafios atuais da empresa. “Mantemos nossa recomendação neutra no ativo vislumbrando um segundo semestre operacional e financeiramente complicado para a companhia”, afirmam os analistas.
(Com Estadão Conteúdo)
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