A Gol (GOLL4) apresentou, na manhã desta quinta-feira (10), uma atualização mensal de sua capacidade operacional, consumo de caixa e liquidez. Salientando que quitou uma dívida de US$ 300 milhões de Term Loan no início deste mês, a empresa declarou que “não tem vencimentos significativos de dívida até 2024”.
Segundo Richard Lark, CFO da empresa, “isso é um reflexo do compromisso da Gol em fortalecer seu balanço patrimonial nos últimos quatro anos”. A dívida junto à Delta Airlines, contratada em 2015, era o maior compromisso de curto prazo da empresa.
A companhia reforçou que em agosto efetuou transações com sua carteira de hedge de combustível, liberando cerca de R$ 300 milhões de depósitos de margem. Dessa forma, contemplando os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes de liquidez da Gol totalizam mais de R$ 5 bilhões.
A Gol também destacou que no mês passado registrou um consumo líquido de caixa de R$ 6 milhões por dia, uma queda de 91% em comparação com o mês anterior, enquanto as entradas de caixa totalizaram R$ 14 milhões por dia, crescimento de 19% na mesma base comparativa.
Gol aumentará capacidade para atender a demanda
A empresa também pontuou que continuará a aumentar a capacidade para atender a demanda. O mês de agosto foi encerrado com uma frota total de 130 B737s, das quais 60 aeronaves operavam na malha. As operações foram 26% do realizado em agosto de 2019 e representam um crescimento de 7% sobre juho deste ano.
Na última segunda-feira (7), a empresa divulgou os resultados prévios de tráfego em agosto; foram operados 190 voos por dia — foram 5.800 decolagens no mês, contra 22.168 em agosto de 2019. Com o incremento para aproximadamente 300 voos por dia, as operações de setembro devem alcançar cerca de 40% do realizado no mesmo mês do ano passado, disse a empresa.
“A Gol não possui aeronaves financiadas no mercado de capitais, EETCs ou arrendamentos financeiros. Sua frota é composta 100% por arrendamentos operacionais e a companhia tem recebido apoio de seus parceiros na forma de diferimentos, descontos e pagamentos variáveis por hora de voo em determinadas aeronaves”, disse o comunicado. Segundo a empresa, os acordos garantem pagamentos mensais de arrendamento em linha com a recuperação da demanda em 2020 e 2021 e não impactarão a estrutura de custos pós-pandemia.