O aumento de casos de Covid-19 e de gripe está impactando as operações da companhia aérea Gol (GOLL4), conforme indica comunicado interno da aérea aos seus funcionários.
Assim como a Azul (AZUL4), a Gol emitiu na última quinta-feira (06), um alerta sobre os possíveis impactos que o aumento de contaminações entre os funcionários poderá ter em voos da empresa.
“Estamos vivenciando um aumento de casos de gripe, influenza e Covid-19 no Brasil e no mundo (…). Apesar dessa variante ser menos agressiva, temos recebido diariamente um volume de dispensas médicas, tanto do grupo de voo quanto das equipes de solo e demais áreas administrativas, maior do que o planejado”, diz trecho do comunicado da Gol obtido pelo portal G1.
Na sequência do texto, a empresa informa que gerou um “alerta preventivo” com relação a possíveis impactos nas operações e pede a colaboração dos funcionários sobre as programações de reservas, sobreaviso e folgas.
O aumento das dispensas ocorrem devido às medidas sanitárias que exigem o isolamento dos indivíduos com sintomas de gripe. Em meio ao avanço da variante Ômicron e a situação agravada dos casos de influenza H3N2, o período das festas natalinas aumentaram os casos das doenças por todo o País.
Em nota ao G1, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que está monitorando a operação das empresas aéreas e vai atuar para minimizar o impacto aos voos.
A agência diz que “monitora as medidas operacionais que vêm sendo adotadas pelas companhias aéreas para minimizar os impactos causados pelos atrasos e cancelamentos de voos, bem como o cumprimento da prestação de assistência aos passageiros”.
Aéreas comprometidas por influenza e covid
A Gol é a segunda companhia aérea a emitir um comunicado de atenção devido aos casos de dispensa médica por influenza e Covid-19.
Na quarta (05), a Azul informou que o aumento de dispensas entre seus funcionários gerou um impacto em 10% dos voos programados para janeiro, exigindo ajustes por conta da empresa para manter a escala prevista.
A aérea não esclareceu se houve cancelamento ou redução no número de passageiros transportados. “Os próximos dias serão mais desafiadores para nossa operação como um todo e já começamos a realizar alguns ajustes para enfrentar essa situação”, diz e-mail assinado pelo CEO, John Rodgerson.
O executivo disse ainda que não há tripulantes internados devido ao alto índice de vacinação dos funcionários e pelo fato de a nova variante ser “menos agressiva”.
Ele acrescentou que o problema “está afetando diversos setores da economia, não só no Brasil, mas em outros países” e pediu que funcionários continuem se vacinando e tomando medidas de proteção, como uso de máscaras e protocolos de higiene.
Última cotação da Gol
Após o pregão de quinta-feira (06), a cotação da Gol fechou em alta de 1,77%, com os papéis negociados a R$ 15,50.