O presidente da Gol (GOLL4; GOLL11; GOLL12), Paulo Kakinoff, estimou durante um evento da ‘Airport Infra Expo’ que a demanda por voos comerciais domésticos deve voltar aos níveis de 2017 e 2018,”em meados de 2021. Mas existe uma margem de erro grande”. A demanda da aérea foi afetada devido aos impactos casados pela pandemia de coronavírus (Covid-19).
Segundo o executivo, a Gol tem uma frota padronizada de aeronaves e isso colabora com o enfrentamento das turbulências causadas pela nova doença. Contudo, sobre demanda por voos internacionais, Kakinoff destacou que a recuperação pode demorar um pouco mais que a dos voos nacionais, podendo demorar anos. Ele ainda salientou que a companhia tem baixa dependência desse tipo de trajeto.
Embora o executivo tenha indicado que acredita que muitas companhias do setor acabem saindo do mercado por causa da crise, para ele, algumas marcas como a própria Gol, a Latam e a Azul (AZUL4) devem permanecer.
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Já quando questionado sobre as projeções dos preços das passagens, o executivo comentou sobre a volatilidade do dólar e completou dizendo que “é virtualmente impossível fazer projeção neste aspecto”.
A respeito das conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) , Kakinoff disse que, embora haja uma estruturação complexa, as conversas estão avançando. Ele destacou o nível de trabalho “intenso” para que a linha seja atrativa para “investidor, empresas aéreas, sindicato de bancos privados e BNDES“.
Além disso, ele também indicou que avançaram as negociações referente a arredamento de aeronaves. Sobre a dívida financeira salientou que o próximo vencimento será no final de 2023, e disse “temos recursos em caixa, mas queremos preservá-lo o máximo possível e trabalhamos com alternativas para que estes compromissos possam ser atenuados”.
Gol rejeita possibilidade de recuperação judicial
Além disso, o presidente da aérea, afirmou nesta quarta-feira (17) que a companhia apresenta neste momento uma recuperação judicial em sua agenda.
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“Quando a pergunta se é possível uma recuperação judicial, a resposta é que ninguém pode responder impossível. Tudo é absolutamente possível. Porém, respondendo claramente, não temos nenhuma discussão, não enxergamos cenário que nos coloque nessa posição assumindo as variáveis que temos hoje, de recuperação de demanda, câmbio e custos de combustível. Dentro desse horizonte de variáveis que assumimos como mais prováveis, descartamos possibilidade de recuperação judicial”, salientou o executivo da Gol, em evento promovido pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’.