Gol (GOLL4): entenda cobrança por marcação de assento
Nesta semana, uma confusão ocorrida em um voo da Gol (GOLL4) viralizou. Isso porque uma passageira, que estava sentada na janela, se recusou a trocar de lugar com uma criança que desejava ocupar aquele assento.
Jennifer Castro, a passageira em questão, teve seus motivos para recusar o pedido da mãe da criança, mas o fato é que caso ela aceitasse a troca, estaria tendo uma perda financeira.
Isso porque, desde 2018, a marcação de assento em voos é cobrada. Ou seja: caso você queira viajar em algum assento específico, é necessário pagar uma taxa para a companhia aérea. Caso contrário, seu lugar será escolhido de forma aleatória.
Portanto, Jennifer estava ocupando o assento mais próximo da janela e em cima da asa por havia desembolsado um certo valor por aquele lugar.
A implementação dessa dinâmica se deu em linha com a cobrança da bagagem despachada, que começou a ser feita em junho de 2017.
À época, a estratégia da Gol foi a de segmentar o serviço de transporte aéreo, oferecendo mais ou menos opções para os passageiros de acordo com o seu perfil;
“Nosso objetivo é dar ao cliente Gol total controle sobre suas preferências individuais ao adquirir um bilhete aéreo para voar conosco”, afirmou o vice-presidente de vendas e marketing da companhia à época.
Assim, os clientes que optam pelas tarifas Promo e Light, as mais baratas da GOLL4, não têm direito a gratuidade no despacho de bagagem e nem na escolha de assento.
Já os que compram sua passagem aérea nas tarifas Max e Plus, as mais caras, podem despachar a bagagem e escolher assentos marcados sem custos adicionais.
A dinâmica é polêmica e, por vezes, causa confusão entre os clientes. Em junho deste ano, por exemplo, a Azul (AZUL4) foi condenada a indenizar um consumidor com o dobro do valor cobrado em uma taxa de reserva de assento.
O cliente em questão havia comprado uma passagem para um voo entre o Rio de Janeiro e Recife, programado para o dia 9 de março, sem optar pela reserva de assento.
Na véspera da viagem, ele acessou o site da Azul para realizar o check-in online e selecionar um dos assentos disponíveis. Porém, a única opção era o Espaço Azul, uma área com assentos mais espaçosos, mas que exigia o pagamento de uma taxa de R$ 60 por poltrona.
Ele tentou resolver a situação com a companhia área pelo telefone, mas, sem sucesso, acabou obrigado a pagar o valor adicional para garantir sua viagem.
Por volta das 14h15 desta sexta-feira (06), a Gol operava em queda de 2,95% na Bolsa de valores, com as ações GOLL4 cotadas a R$ 1,32.