A Gol (GOLL4) informou, na manhã desta quarta-feira (1), que a BlackRock aumentou sua participação acionária na empresa. Atualmente, a maior gestora de recursos do mundo possui uma fatia de 5,25%.
Segundo o fato relevante da companhia aérea, a administradora nova-iorquina passou a deter 8,895 milhões de ações preferenciais (PN), além de 2,752 milhões de American Depositary Receipts (ADRs) da Gol. A posição refere-se à última quinta-feira (25).
A BlackRock informou que o objetivo das participações acionárias é “estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”. Além disso, a gestora ressaltou que “não foram celebrados quaisquer contratos que regulem o exercício de direito de voto ou compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Gol”.
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Nos últimos 12 meses, as ações da Gol listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) resentaram uma queda de 47,66%, fortemente impactadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Atualmente, os papéis da companhia são negociados a R$ 18,55, perfazendo um valor de mercado de R$ 58,20 bilhões. Dessa forma, a participação da BlackRock no capital social da empresa representa R$ 3,05 bilhões.
A Gol também é listada na NYSE, Bolsa de Valores de Nova York, desde 2004, em um dos casos de abertura de capital simultânea, no Brasil e no exterior.
Gol teve prejuízo de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre
A Gol apresentou um prejuízo líquido, atribuído aos sócios controladores, de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado registrado é 70 vezes maior que o prejuízo do mesmo intervalo do ano passado, que foi de R$ 32,3 milhões. Os resultados foram divulgados pela companhia na noite da última segunda-feira (30).
A receita líquida da empresa no período foi de R$ 3,14 bilhões, o que representa uma baixa de 1,9% em comparação aos R$ 3,21 bilhões registrados no mesmo período de 2019.
De acordo com os dados arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia aérea teve despesa financeira de R$ 3,24 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O valor foi oito vezes maior do que os R$ 401 milhões do mesmo intervalo do ano passado. A empresa informou que a desvalorização do real fez com que as despesas financeiras da aérea disparassem.
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Com a crise econômica decorrente da pandemia, a partir de março a companhia acabou sofrendo com uma queda de mais de 90% na demanda de passageiros, o que também influenciou fortemente em seus resultados.
Os voos diários da Gol no mês em questão passaram de 750 para 50. Em junho, entretanto, com o relaxamento de algumas medidas, a companhia disse ter operado com 120 voos diários.