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Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4): entenda detalhes de possível fusão

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) fecham parceria para voos, expandindo malha viária para 2.700 opções de viagens

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) - Fotos: iStock

Segundo publicação do jornal Valor Econômico, a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4) avançaram na negociação de uma possível fusão, uma vez que as companhias e a a holding Abra, controladora da Gol, estariam próximas de assinar um Memorando de Entendimento (MoU) que formalizaria as discussões sobre governança, estrutura de capital e modelo de negócios para a nova companhia.

O MoU, que pode ser firmado nas próximas semanas, dependeria de condições essenciais, incluindo a conclusão do processo de recuperação judicial (Chapter 11) da Gol, prevista para o primeiro semestre de 2025.

Um dos cenários considerados é a criação de uma nova corporação sem um grupo controlador definido, o que seria uma mudança significativa na estrutura de governança de ambas as companhias.

Vale lembrar que, juntas, Gol e Azul representam cerca de 60% do mercado aéreo brasileiro, o que poderia gerar sinergias significativas, como maior conectividade nas rotas e condições mais favoráveis para renegociar contratos de leasing.

Segundo o BTG Pactual, a sobreposição de rotas entre as duas empresas é relativamente baixa, o que favorece a complementaridade operacional. A Gol tem maior presença em hubs corporativos como Congonhas (CGH), Santos Dumont (SDU) e Brasília (BSB), enquanto a Azul é mais forte em rotas regionais e no interior do país.

Contudo, a fusão entre Gol e Azul enfrentaria obstáculos como a aprovação de órgãos reguladores devido à alta concentração de mercado.

O BTG Pactual destaca que, embora a combinação de mercado das empresas possa ser questionada, o argumento de “empresas em dificuldade” pode ser utilizado para justificar a fusão, especialmente considerando o atual cenário financeiro das duas companhias.

Além disso, tanto a GOLL4 quanto a AZUL4 enfrentam desafios de capital. A dívida elevada e as pressões cambiais aumentam a necessidade de recursos para viabilizar a fusão.

O Goldman Sachs aponta que uma alternativa viável seria a realização de uma troca de ações, reduzindo a necessidade de novos financiamentos e, potencialmente, fortalecendo a narrativa de um IPO futuro da holding Abra.

Assim, embora a fusão Gol e Azul possa trazer benefícios significativos, como ganhos de eficiência e maior capacidade de captação de recursos, os desafios são substanciais.

Com isso, o sucesso do acordo entre Gol e Azul dependerá não apenas da superação dos entraves financeiros e regulatórios, mas também da capacidade de integrar culturas corporativas e operações de maneira eficiente.

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