Gol (GOLL4) encaminhará proposta de financiamento do BNDES de R$ 6 bi ao CDA
A Gol (GOLL4) informou, nesta sexta-feira (31), através de um vídeo em seu site, que recebeu os termos aprovados do acordo de financiamento de R$ 6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A companhia está avaliando as condições da proposta para encaminhar ao seu Conselho de Administração (CDA).
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou, durante o vídeo publicado, que a aérea está terminando a avaliação dos termos propostos pelo BNDES. De acordo com o executivo, a proposta deverá ser enviada para aprovação pelo conselho nas próximas semanas.
O BNDES começou a dar mais informações sobre o socorro às aéreas Gol, Latam e Azul, devido a pandemia de coronavírus, em meados de maio.
As operações da Gol, como a de diversas outras empresas do ramo, foram fortemente impactadas pela pandemia de coronavírus, devido as diversas restrições impostas pelo governo. A receita da aérea no segundo trimestre caiu 88,6% na comparação anual. A empresa reportou um prejuízo de cerca de R$ 1,994 bilhão de abril a junho.
Na primeira semana deste mês, a agência “Reuters” afirmou que o BNDES poderia fornecer um auxílio abaixo do valor previsto inicialmente, de R$ 6 bilhões. Segundo a publicação, o BNDES teria mudado sua proposta para entrar com R$ 1,2 bilhão para cada uma das três empresas (Gol, Latam e Azul). Sendo assim, o restante seria captado através de bancos privados e emissão de debêntures e bônus. Essa alteração teria sido feita por causa do aumento na demanda de voos que as companhias começaram a apresentar a partir de junho, com a reabertura gradual da economia no País.
“O mercado melhorou, e com ele melhorando, aumenta mais a probabilidade do BNDES não precisar entrar com 60% da operação. Ele pode recuar e dar mais espaço ao mercado”, disse uma fonte próxima ao assunto à “Reuters”.
Prejuízo da Gol no 2T20
A Gol apresentou um prejuízo de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre de 2020. No mesmo período de 2019, a empresa registrou perdas de R$ 120 milhões. A receita líquida da aérea caiu 89% de abril a junho, ficando em R$ 358 milhões. Os custos e despesas operacionais, entretanto, caíram 55,5%, para R$ 1,255 bilhão.