A Gol (GOLL4) divulgou nesta quinta-feira (4) que registrou aumento de 36,3% na demanda total (RPK) por voos em julho deste ano, comparado ao mesmo mês em 2021.
A oferta total (ASK) da companhia aumentou em 42,6%, resultando em uma taxa de ocupação de 80,8%. O total de assentos cresceu 41,9% e o número de decolagens evoluiu 44,7%.
No mercado doméstico, a oferta da Gol subiu 31% e a demanda avançou 24,1%. A taxa de ocupação doméstica da companhia foi de 80,1%. O volume de decolagens aumentou 40,2% e o total de assentos cresceu 37,5%.
No mercado internacional, a oferta foi de 309 milhões, a demanda da Gol, de 275 milhões, e a taxa de ocupação chegou a 88,9%.
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Gol (GOLL4) tem prejuízo de R$ 2,85 bilhões no 2T22; veja o resultado
A Gol (GOLL4) reportou um prejuízo líquido de R$ 2,85 bilhões no acumulado do segundo trimestre (2T22). Com isso, a companhia reverte o lucro de R$ 642 milhões que foi registrado em igual período no ano anterior.
O resultado da Gol foi divulgado em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na manhã desta quinta-feira (28).
Segundo dados levantados pelo BTG Pactual (BPAC11), o consenso dos analistas projetava um prejuízo de R$ 1,135 bilhão no 2T22. Os analistas da casa, por sua vez, miravam R$ 1,01 bilhão de prejuízo líquido.
No semestre, segundo o balanço da Gol, são R$ 1,13 bilhão de lucro líquido. Já em 2021, no acumulado dos primeiros seis meses, a companhia aérea registrou R$ 1,88 bilhão em prejuízo.
O prejuízo líquido recorrente da companhia foi de R$ 620,8 milhões no trimestre, retração de 51,7% ante o prejuízo número de 2T21.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi positivo em R$ 439 milhões no período, revertendo os R$ 547,4 milhões negativos que a Gol registrou no 2T21.
A margem Ebitda da companhia foi de 13,5% no trimestre, ante 53,2% de margem negativa no 2T21.
No resultado financeiro do 2T22 também consta R$ 51,45 milhões em receitas financeiras, R$ 36 milhões em instrumentos financeiros e derivativos ante R$ 201 milhões de despesas financeiras. Com isso, o saldo ficou em R$ 113 milhões de despesas líquidas.
A Receita líquida ficou em R$ 3,24 bilhões, próximo da estimativa do BTG, de R$ 3,23 bilhões.
Os números também apontam um resultado antes da variação cambial, líquido, de R$ 2,47 bilhões. As variações monetárias e cambiais, líquida tiveram impacto de R$ 380 milhões.
Vale lembrar que, no aguardo desses números as ações GOLL4 tiveram forte alta no pregão da véspera do balanço, liderando o Ibovespa.
As ações preferenciais da companhia subiram 9,7% no intradia da quarta (27), com altas expectativas para o Ebitda da companhia. No acumulado de 2022, os papéis caem cerca de 56%.
No fim do trimestre, em junho a liquidez total da empresa fechou em R$ 4 bilhões, 8,7% a mais do que o que foi registrado no fim de junho de 2021.
A dívida líquida ajustada da empresa fechou o 2T22 em R$ 23,838 bilhões, 50,9% a mais do que o que foi registrado em igual período do ano anterior.
Com esses dados, a alavancagem da Gol – razão entre a dívida e o Ebitda ajustado – ficou em 9,5x, uma retração de cerca de 1,6x no comparativo com o 2T21.
Cotação
A ação da Gol disparou 14,81%, cotada a R$ 9,96. No ano, acumula perdas de 51,46%.