Gol, Azul e Smiles lideram baixas na Bolsa após Delta comprar parte da Latam

Após a Delta Airlines anunciar, na última quinta-feira (26), a compra de 20% da Latam Airlines Group, as companhias aéreas Gol e Azul, e a empresa de milhagens Smiles lideram as baixas da Bolsa de Valores de São Paulo nesta sexta-feira (27).

Por volta das 11h50, a ação da Gol (GOLL4) variava negativamente -6,46%, sendo negociada a R$ 32,03. Por sua vez, a Smile (SMLS3) registrava -3,29% sendo cotada a R$ 38,17. A Azul (Azul) variava -1,87%, sendo cotada a R$ 48,93.

Nesta sexta, o CEO da Delta Airlines, Edward Bastian, informou que a empresa precisará se desfazer de sua fatia acionária de 9% da Gol. De acordo o executivo, a companhia brasileira é uma “ótima parceira”, no entanto, “não tiveram escolha” pois a Latam “se apresentou”. 

Segundo o site de notícias “Broadcast”, o acordo de codeshare, entre as companhias aéreas, deverá ser implementado neste ano. Além disso, os órgãos governamentais e regulatórios deverão levar entre 12 e 24 meses para a aprovação da criação de uma joint venture.

Delta Arlines adquire 20% da Latam

Na última quinta, a Delta Airlines anunciou a compra de 20% da Latam Airlines Group. A companhia aérea norte-americana pagará US$ 1,9 bilhão para a operação a US$ 16 por ação.

O objetivo da Delta Airlines é modificar o atual posicionamento da companhia aérea sul-americana. Atualmente, a empresa chilena tem uma aliança com a American Airlines.

Confira Também: Latam pode adquirir US$ 250 milhões por ano, após entrada da Delta

A Delta também contará com um assento no conselho da Latam e investirá US$ 350 milhões para incentivar essa nova parceria, com a compra de quatro aeronaves Airbus A350 da própria Latam e assumirá uma encomenda, feita pela empresa sul-americana, de 10 aeronaves Airbus A350 que serão entregues entre 2020 e 2025.

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A Delta financiará o acordo com a Latam com recursos de dívidas recém-emitidas e com seus recursos de caixa. O investimento é  tido como o maior desde sua fusão com a Nortwest Airlines em 2009. O acordo surpresa pode significar uma perda para a American Airlines, empresa que é muito presente na America latina.

Poliana Santos

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