A General Motors (GMCO34) anunciou nesta segunda-feira (10) que vai produzir uma picape inédita na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista. O investimento para o novo produto faz parte do programa de R$ 10 bilhões já anunciados, a ser aplicado até meados da década. O montante será gastos na renovação do portfólio e no desenvolvimento de novas tecnologias.
“O modelo chegará para complementar a linha de picapes Chevrolet, além disso, vai estrear um conceito completamente inovador para a marca no segmento de veículos utilitários”, afirma Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.
Segundo ele, o veículo está neste momento em fase de desenvolvimento e será o próximo integrante da nova família de veículos globais da marca Chevrolet, já composta pelas atuais gerações de Onix, Onix Plus e Tracker – todos referência em suas respectivas categorias.
Um dos objetivos da GM com o futuro veículo é o de ampliar a presença da marca Chevrolet no próspero segmento de picapes, contribuindo para o fortalecimento de outros produtos estratégicos para a empresa no mercado, como a S10. O novo modelo deve disputar mercado com a Fiat Toro.
O anúncio ocorre num momento em que a GM perde participação no mercado brasileiro, que liderou por vários anos, mas agora está na terceira posição, atrás da Fiat e da Volkswagen.
A montadora também está com a produção interrompida na fábrica de Gravataí (RS), por falta de componentes. A unidade produz o Onix, modelo mais vendido da marca e que por vários anos também foi líder de vendas no País, posto agora ocupado peça picape Strada, da Fiat.
Fábrica da GM passará por reformas
Segundo a GM divulgou em nota, a fábrica será preparada em etapas para receber o novo modelo. A ideia é minimizar os impactos na produtividade do complexo, que recentemente começou a produzir o SUV Tracker. A primeira fase da reforma está prevista para as próximas semanas.
A GM informa que, mesmo tendo alcançado elevado nível tecnológico dentro do conceito da indústria 4.0, a fábrica de São Caetano vai receber ferramentas específicos, que precisarão ser instalados e devidamente implementados para iniciar a montagem do veículo inédito. Está prevista ainda uma completa readequação no fluxo fabril do complexo, além da capacitação dos empregados.
“Adicionar um produto totalmente novo numa linha de montagem ativa é sempre uma jornada complexa, principalmente diante dos desafios tecnológicos que o projeto impõe. Até por isso a preparação da fábrica será executada em diversos estágios, que levarão meses cada um deles”, informa Luiz Carlos Peres, vice-presidente de Manufatura da GM América do Sul.
(Com Estadão Conteúdo)