A Globo Comunicação e Participações (GCP), holding responsável pela TV Globo e uma parcela das plataformas da companhia, fechou 2022 com um lucro líquido de R$ 1,253 bilhão. De acordo com os dados divulgados nesta terça (28), a empresa reverteu o prejuízo de R$ 174 milhões que havia amargado em 2021.
Em 2021, o prejuízo da Globo foi intensificado por causa do crescimento dos gastos com eventos esportivos adiados pela pandemia da Covid-19 — caso dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Já no ano passado, o crescimento do streaming Globoplay, o avanço da receita com publicidade e a venda da Som Livre foram os destaques para que a empresa fechasse o ano no positivo.
De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, o balanço da Globo de 2022 fechou da seguinte forma:
- Lucro líquido da Globo em 2022: R$ 1,253 bilhão;
- Ebitda (Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Globo em 2022: – R$ 41 milhões
De janeiro a setembro, o Ebitda foi positivo em R$ 753 milhões. Porém, o indicador fechou o ano no negativo no quarto trimestre, quando a empresa amortizou os pagamentos dos direitos da Copa do Mundo.
“Em 2023, vamos continuar na mesma linha, apesar do cenário de incertezas com a falta de definições no arcabouço fiscal, na reforma tributária. Mas a empresa segue firme no processo de transformação e vamos procurar, como fizemos em 2022, manter a disciplina de custos, e focar na alocação mais adequada de capital para todos os investimentos, em especial em um contexto em que as taxas de juros estão altas e o cenário da economia é diferente do que tínhamos no começo de 2022 [antes da guerra na Ucrânia]”, detalhou Manuel Belmar, diretor das áreas de finanças, infraestrutura e jurídico.
Globo ou GCP?
A GCP é o braço do Grupo Globo que inclui a operação de TV aberta da empresa, canais fechados (GloboNews, Multishow, GNT, entre outros) e portfólios digitais como G1, Globoplay, entre outros.
Enquanto isso, o Grupo Globo também conta com outros negócios nas mãos, como a operação de rádios, jornais impressos e revistas, Fundação Roberto Marinho e Globo Ventures — que investe em negócios como Órama, Petlove, Buser e Enjoei (ENJU3).