A deputada federal pelo Paraná e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, defendeu a indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o conselho de administração da Vale (VALE3).
“Pouquíssimos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para compor o conselho da Vale, uma empresa estratégica para o País e na qual o governo tem participação e responsabilidades, mesmo depois de sua privatização danosa ao patrimônio público”, disse Gleisi Hoffmann em sua conta no X, antigo Twitter.
Segundo a deputada, o ministro é qualificado “para esta ou qualquer outra missão importante” e é “um dos brasileiros mais injustiçados de nossa época”.
As declarações de Gleisi Hoffmann ocorrem em paralelo a um esforço do Planalto para colocar Mantega no comando da Vale.
Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, telefonou para conselheiros da empresa para defender a escolha do indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da companhia pelo comitê de acionistas. O grupo deverá se reunir na próxima terça-feira (30) para deliberar sobre a sucessão na mineradora.
Segundo auxiliares do presidente, Lula deseja que Mantega tenha um papel de destaque no comando da Vale, com voz ativa na gestão, e não seja apenas um coadjuvante.
Como revelou o Estadão, auxiliares do presidente e sócios privados elaboraram um arranjo em que Mantega ocuparia um assento no conselho de administração da Vale, mantendo no cargo por um período mais curto (um ano) o atual presidente Eduardo Bartolomeo. O nome da Cosan (CSAN3) no conselho, Luis Henrique Guimarães, seria alçado ao comitê executivo.
Acionistas querem Mantega longe da presidência da Vale, segundo coluna
Conforme divulgou a coluna Radar Econômico, da revista Veja, os principais acionistas da Vale estariam costurando uma decisão pacífica sobre a questão que envolve cargos de chefia na empresa.
De acordo com esses acionistas, Guido Mantega até poderia ser indicado ao conselho, mas não ao cargo de presidente, diz a coluna.
A publicação afirma que a escolha do presidente da Vale deve seguir uma antiga regra da companhia, que seria de um consenso entre os acionistas principais, e que o ex-ministro não teria o apoio de outras figuras importantes na mineradora.
*Com informações de Estadão Conteúdo