As gigantes da internet chinesas estão na mira dos órgãos reguladores do país. Na última quinta-feira, o responsável pela fiscalização do mercado informou que abriu uma investigação sobre o grupo de e-commerce Alibaba para verificar se a empresa atuou de forma monopolista, criando barreiras para que fornecedores comercializem seus produtos em outras plataformas, segundo o The New York Times.
Hoje, os reguladores financeiros da China determinaram que o Ant Group, braço financeiro do Alibaba, voltasse a focar apenas em pagamentos. Além disso, a China reclamou da “governança problemática” na empresa e pediu que a empresa retifique sua expansão em crédito, gestão de recursos e resseguros.
Ao mesmo tempo em que a China aperta o cerco sobre Alibaba e Ant, Estados Unidos e União Europeia têm atuado para limitar gigantes como Google e Facebook.
De acordo com a reportagem, o governo chinês manteve vigilância sobre o que as pessoas fazem nestas plataformas, mas foi menos atuante sobre os negócios das companhias. No entanto, o principal jornal do Partido Comunista Chinês, apoiou os questionamentos ao Alibaba.
“Este é um passo relevante no fortalecimento da regulação contra monopólios na internet”, afirmou um artigo do jornal.
Ações da Alibaba caíram 13% no pregão de quinta-feira
Na última quinta-feira, as ações da Alibaba chegaram a cair 13%. Em resposta, o Alibaba declarou que iria cooperar com os reguladores e que seus negócios operavam normalmente. Já o grupo Ant afirmou que pretende estudar e cumprir todos os requisitos regulatórios.
A postura mais firme de Pequim frente às big techs chamou atenção no mês passado, quando as autoridades paralisaram a abertura de capital do grupo Ant, alguns dias antes da estreia.
Na China, Ma é sinônimo de sucesso. O professor de inglês que se tornou um empreendedor da internet é considerado a pessoa mais rica do país. Ele fundou o Alibaba — a coisa mais próxima que a Amazon tem de um competidor equivalente.
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