Carlos Ghosn é preso novamente em Tóquio, segundo imprensa japonesa
O ex-presidente da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, foi preso novamente sob acusação de má conduta financeira.
De acordo com a imprensa local, Ghosn foi preso na noite de quarta-feira (3), equivalente as primeiras horas da quinta-feira (4) no Japão.
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A emissora pública “NHK” afirmou que no Japão é raro uma pessoa ser presa novamente após ser liberada por pagamento de fiança.
Coletiva de imprensa
A prisão aconteceu logo após o ex-presidente da Nissan usar o Twitter para anunciar que irá dar uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril.
I’m getting ready to tell the truth about what’s happening. Press conference on Thursday, April 11.
— Carlos Ghosn カルロス・ゴーン (@carlosghosn) 3 de abril de 2019
“Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta-feira, 11 de abril”.
Entenda o caso
Detido em Tóquio desde 19 de novembro, Ghosn é acusado de fraude e de uso indevido de recursos do grupo Renault-Nissan.
O executivo de 64 anos foi acusado de ter omitido renda às autoridades da Bolsa de Valores nipônica em suas declarações. No entanto, ele teria escondido quase R$ 167 milhões entre 2010 e 2015.
Saiba mais: Carlos Ghosn deixa prisão sob fiança de R$ 33,8 milhões
Ghosn também é suspeito de ter repetido a fraude, entre 2015 e 2018, totalizando 4 bilhões de ienes (cerca de US$ 35 milhões).
Além das acusações de não ter declarado sua renda real, a Nissan afirma que seu ex-presidente utilizou ilicitamente residências de luxo espalhadas em vários países do mundo pagas pela empresa.
Ghosn teria até organizado uma viagem no Rio de Janeiro durante um Carnaval paga pelas empresas. O executivo e sua esposa convidaram oito casais de amigos para passar a festa na capital fluminense em 2018. No total, a viagem custou US$ 260 mil (cerca de R$ 977,6 mil) e teria sido paga pelo grupo Renault-Nissan.
Soltura
O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, saiu da prisão em Tóquio, em março. O brasileiro pagou fiança de 1 bilhão de ienes, equivalente a cerca de R$ 33,8 milhões.