“Me preparando para dizer a verdade”, diz Ghosn ao anunciar coletiva

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, dará uma entrevista coletiva em 11 de abril.

De acordo com Ghosn, nesta quarta-feira (3), pelo Twitter, ele estaria se “preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo”.

Essa será a primeira coletiva de imprensa de Ghosn após a sua saída da prisão em 6 de março.

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De acordo com o Junichiro Hironaka, principal advogado do executivo, na terça-feira (2), Ghosn está próximo de ter contato com a imprensa e está “cuidadosamente pensando no que quer compartilhar”.

Ghosn solto

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, saiu da prisão em Tóquio no início de maio. O brasileiro pagou fiança de 1 bilhão de ienes, equivalente a cerca de R$ 33,8 milhões. e deixou a Casa de Detenção do bairro de Kozuge.

O brasileiro ficará em liberdade enquanto aguarda o julgamento, que prossegue no Japão. No entanto, o tribunal japonês estabeleceu condições para a liberdade do executivo, dentre as quais:

  • Proibição de deixar do Japão;
  • Vigilância por câmeras na residência de Ghosn.

Saiba mais: Carlos Ghosn deixa prisão sob fiança de R$ 33,8 milhões

Acusações

Detido em Tóquio desde 19 de novembro, Ghosn é acusado de fraude e de uso indevido de recursos do grupo Renault-Nissan

O executivo de 64 anos foi acusado de ter omitido em suas declarações de renda às autoridades da Bolsa de Valores nipônica. Ele teria escondido quase R$ 167 milhões entre 2010 e 2015.

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Ghosn também é suspeito de ter repetido a fraude, entre 2015 e 2018, totalizando 4 bilhões de ienes (cerca de US$ 35 milhões).

Além das acusações de não ter declarado sua renda real, a Nissan afirma que seu ex-presidente utilizou ilicitamente residências de luxo espalhadas em vários países do mundo pagas pela empresa.

Ghosn teria até organizado uma viagem no Rio de Janeiro durante o Carnaval paga pelas empresas. O executivo e sua esposa convidaram oito casais de amigos para passar a festa na capital fluminense em 2018. No total, a viagem custou US$ 260 mil (cerca de R$ 977,6 mil) e teria sido paga pelo grupo Renault-Nissan-Mitsubishi.

Renan Bandeira

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