A Supernova, gestora do fundo imobiliário GGRC11, prestou esclarecimentos nesta segunda-feira (25) sobre o caso da operação Máfia das Falências. A investigação do Ministério Público (MP) de Goiás acontecia em segredo de justiça e as informações vieram à público na última quarta-feira (21).
A operação deflagrada na semana passada busca desarticular uma organização especializada em atividades fraudulentas junto a credores e em lavagem de dinheiro, antes, durante e após falências e recuperações judiciais. Executivos da Supernova, gestora do GGRC11, estão dentre os detidos temporariamente.
Fato relevante da Supernova sobre o GGRC11
A Supernova, em fato relevante, afirmou que “os fatos noticiados não dizem respeito a qualquer atividade da Gestora, tampouco a quaisquer dos fundos ou ativos geridos por ela”.
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“As atividades dos fundos e da gestora permanecem normalmente, em pleno funcionamento, sem qualquer tipo de interrupção na sua rotina operacional, sendo que os sócios não participam da equipe de gestão dos Fundos”, informou a gestora.
Ainda segundo a Supernova, “as notícias veiculadas se referem a investigação que tem como objeto a aquisição de créditos estressados de empresa em recuperação judicial no estado de Goiás. Tais operações em nada se relacionam a qualquer atuação da Gestora e/ou envolvem quaisquer ativos
dos Fundos”, informa.
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“A gestora ratifica seu compromisso com os mais elevados padrões éticos e de compliance, tendo como foco a gestão de fundos imobiliários, não atuando em operações de créditos estressados”.
Na operação, foram efetuados sete mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram expedidos 26 ordens de apreensão de bens, incluindo várias propriedades rurais. Ao todo, R$ 500 milhões já foram apreendidos.
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O fundo, que possui 56 mil cotistas, tem por objetivo a realização de investimentos em imóveis comerciais, priorizando os segmentos industriais e logísticos. Atualmente, possui R$ 770 milhões em patrimônio.
Opinião do Prof. Baroni
Na avaliação do especialista em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) da SUNO Research, Marcos Baroni, a investigação não deve afetar o fundo.
“Supernova é uma gestora, ou seja, a empresa que presta serviço de inteligência imobiliária ao fundo – a proteção fiduciária é feita pelo administrador (CM Capital Markets DTVM), que nada tem a ver com o caso. GGRC11 possui cerca de 56 mil cotistas e, estamos certos que o administrador buscará proteger os interesses dos investidores”, disse o especialista.
Por volta das 12h05 desta segunda, os papéis do GGRC11 estavam sendo negociados a R$ 131,75 na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), apresentando uma desvalorização de 6,22%. Durante o dia, as cotas do fundo chegaram a cair 9%.