Gerdau (GGBR4) lança subsidiária com foco na produção de grafeno

A Gerdau (GGBR4), maior siderúrgica do Brasil e uma das maiores do continente, se movimenta para expandir os seus negócios em direção a um novo composto. O plano da companhia agora, que decidiu há cerca de três anos diversificar os seus negócios e deixar de trabalhar apenas com o aço, é se tornar uma fornecedora mundial de grafeno.

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“O lançamento da Gerdau Graphene é mais um passo estratégico da Gerdau Next, diversificando os negócios do Grupo em complementaridade a cadeia do aço e dos nossos clientes”, diz Juliano Prado, vice-presidente da companhia.

A nova subsidiária será sediada em São Paulo e nasce com o objetivo claro de disputar pelo mercado do grafeno nas Américas, tendo, inclusive, uma filial nos Estados Unidos, no estado da Flórida: o continente inteiro tem um mercado para produtos de grafeno estimado em US$ 2,7 bilhões ao ano.

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O grafeno é um composto relativamente novo, tendo sido descoberto acidentalmente em 2004 por dois físicos russos, André Geim e Konstantin Novoselov, que ganharam um prêmio Nobel de Física pela descoberta em 2010.

Gerdau por enquanto trabalhará com sete aplicações do grafeno

Ele é composto apenas por carbono e sintetizado a partir do grafite, minério o qual o Brasil possui grandes reservas. Trata-se de um nanomaterial formado apenas por carbono, mas que possui características únicas, sendo, por exemplo, um dos melhores condutores térmicos e um dos materiais mais resistentes e duros da atualidade.

Ele é utilizado em cerca de 55 aplicações mas a Gerdau irá focar em sete delas. Cinco delas serão voltadas para a indústria:

  • aditivos para concreto
  • resinas termoplásticas
  • artefatos de borracha
  • tintas anticorrosivas
  • lubrificantes industriais e automotivos.

As outras duas serão projetos especiais, focando em componentes para baterias e em sensores térmicos.

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“Desenvolver uma unidade de negócio com base no grafeno por conta das múltiplas aplicações e inúmeras oportunidades de inovação está alinhado com o DNA da Gerdau, que está constantemente se reinventando. O grafeno, por ter uma dimensão física a menos, nos permite uma dimensão visionária e de negócio adicional”, afirma Alexandre de Toledo Corrêa, diretor geral da Gerdau Graphene.

A companhia iniciou sua pesquisa com grafeno em 2019, em parceria com a Universidade de Manchester, do Reino Unido. Além disso, a nova empresa da Gerdau. já nasce com parcerias estratégicas no setor.

No mercado brasileiro, por exemplo, a Gerdau Graphene já tem parcerias firmadas no setor automotivo com Baterias Moura e SKF do Brasil. Nessas, ela buscará desenvolver aplicações em armazenagem de energia, artefatos de borracha, compósitos e tintas.

A Gerdau espera ainda conseguir propor soluções e aplicações para os seus atuais clientes e fornecedores, gerando sinergia entre os canais já existentes e o novo negócio. “Ao nos apoiarmos em toda a estrutura Gerdau, garantiremos eficiência, excelência e velocidade, nessa etapa inicial, nas entregas com as parcerias que estamos firmando”, comenta Corrêa.

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Vitor Azevedo

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