Gerdau (GGBR4) investirá R$ 1 bilhão na produção de aços especiais
A Gerdau (GGBR4) investirá R$ 1 bilhão na modernização e na ampliação de suas operações de aços especiais no Brasil. A maior parte dos aportes será focada nas unidades de Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, as duas no estado de São Paulo, e em Charqueadas, no Rio Grande do Sul.
O investimento já faz parte do Capex anunciando anteriormente pela Gerdau – no final de fevereiro, a companhia anunciou que aumentaria seus investimentos de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,6 bilhões ao longo do ano.
A alta, porém, é fruto em parte do remanejamento de investimentos de 2020. Por conta da pandemia, a empresa deixou de investir R$ 2,6 bilhões para investir apenas R$ 1,6 bilhão no ano passado.
A planta de Mogi das Cruzes terá sua aciaria reativada no segundo semestre, após mais de dois anos parada, e deve produzir anualmente mais de 180 mil toneladas de ações. A Gerdau afirma que criará, com isso, 150 novos postos de trabalho na região.
Para Pindamonhangaba, a Gerdau dará continuidade ao investimento no processo de lingotamento contínuo, previsto para entrar em operação em agosto de 2022. “O equipamento permitirá a Gerdau ter um processo mais automatizado e com melhor rendimento, resultando na entrega de produtos diferenciados e em um patamar ainda mais elevado de qualidade para os mercados demandantes”, afirma e empresa em nota.
Em Charqueadas, a Gerdau pretende instalar um novo forno mais moderno e tecnológico de recozimento e esferoidização de barras de aço, voltado na produção de materiais com especificações mais exigentes, exigidas principalmente pelo setor automotivo.
“Temos realizado investimentos em nossas usinas de aços especiais para aumentar a produtividade e atender as necessidades e a demanda crescente dos nossos clientes. Os novos aportes reforçam nossa presença nos mercados em que atuamos e nosso espírito inovador”, afirmou Rubens Pereira, vice-presidente do segmento de aços especiais da Gerdau no Brasil.
“Esse movimento no segmento de aços especiais é resultado da preparação da Gerdau para um novo ciclo de crescimento futuro com foco nas Américas, com o objetivo de gerar mais valor para seus clientes e ser uma organização ainda mais centrada nos seus clientes”, afirmou Gustavo Werneck, diretor-executivo (CEO) da Gerdau.
Os analistas da XP Investimentos, a movimentação da Gerdau deve ser destinada à busca pelo segmento eólico, uma vez que a indústria automotiva, responsável por 70% da receita da siderúrgica, não deve avançar tanto nos próximos anos.
A Gerdau vem avançando em novos segmentos, principalmente nos mais tecnológicos. Na última semana, a companhia anunciou o lançamento da subsidiária Gerdau Graphene, focada produção de grafeno.