A Gerdau (GGBR4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,432 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 10% frente ao mesmo período do ano passado. Após a divulgação do resultado, o Itaú BBA emitiu um relatório classificando o balanço como positivo.
A casa cita o Ebitda ajustado de R$ 3,0 bilhões, um aumento de 15% em relação ao trimestre anterior, mas 10% menor na comparação anual, que superou as estimativas.
O destaque, de acordo com os analistas, foi a melhoria no Brasil, com margens aumentando 8,2 pontos percentuais, impulsionadas pela redução de custos. O fluxo de caixa livre (FCF) foi forte, segundo o BBA, em R$ 1,2 bilhão, excluindo a reversão de provisão de ICMS de R$ 1,8 bilhão, o que reduz a alavancagem da Gerdau para 0,3x.
O BBA espera uma reação positiva do mercado, e por volta das 11h15 desta quarta-feira (06), as ações da Gerdau (GGBR4) saltavam 6,59% no Ibovespa, cotadas a R$ 19,41.
Os analistas têm recomendação outperform (compra) para as ações GGBR4, com preço-alvo de R$ 25.
Confira a seguir os principais pontos destacados pelo Itaú BBA sobre o balanço da Gerdau:
Brasil: Houve crescimento nas margens, apoiado pelo aumento nos embarques de aço longo (5%) e queda nos custos unitários (8%). O EBITDA no Brasil foi de R$ 1,14 bilhão, com margem de 16,9%.
América do Norte: EBITDA caiu 17% em função de custos mais altos, totalizando R$ 1,16 bilhão. A margem reduziu para 17,4%, influenciada pela depreciação do real e aumento nos custos de manutenção.
Outras Regiões: Resultados estáveis na América do Sul e na divisão de Aço Especial, com EBITDA de R$ 539 milhões e R$ 230 milhões, respectivamente.
Geração de Caixa e Alavancagem: FCF aumentou para R$ 1,2 bilhão, ajudando a reduzir a dívida líquida para R$ 3,7 bilhões e a alavancagem para 0,3x. Investimentos em 9M24 somaram R$ 3,8 bilhões, indicando aceleração no 4T24 para cumprir a meta anual de R$ 6 bilhões.
Segundo o BBA, os resultados refletem a melhoria de eficiência da Gerdau e um controle rígido de custos, com perspectivas de crescimento contínuo nas margens domésticas no próximo trimestre.