Geraldo Alckmin é investigado por suspeita de receber R$ 3 mi em caixa 2 da Ecovias (ECOR3)
Marcelino Rafart de Seras, ex-presidente da Ecorodovias (ECOR3), acusa o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin de ter recebido R$ 3 milhões na forma de caixa 2. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a Polícia Federal investiga o caso.
Marcelino Seras ocupou o cargo de diretor presidente da Ecorodovias até outubro de 2018, quando foi afastado do conselho de administração da companhia, após ser alvo da operação Lava Jato pelo braço que investigava esquemas de desvios na concessão de rodovias federais do Paraná.
À época a Ecorodovias informou que a exoneração do executivo foi feita a pedido, e reforçou o compromisso de dar continuidade a todos os trabalhos de investigação interna necessários para apurar os fatos.
À Polícia Federal, Seras conseguiu acordo de não persecução cível, que foi homologado pelo Ministério Público paulista nesta terça-feira (15), com relato de cartel entre as concessionárias de rodovias paulistas.
De acordo com o relato do executivo, Alckmin foi beneficiado por uma doação irregular de R$ 1 milhão durante a campanha de 2010, pagos a Adhemar Ribeiro, cunhado do ex-governador. Naquele ano, Alckmin foi eleito governador do Estado de São Paulo.
A segunda parcela, de R$ 2 milhões, teria sido paga em 2014 ao ex-tesoureiro de Alckmin, Marcos Monteiro, em 2014, quando Alckmin, já governador, se reelegeu ao cargo.
Às 16h45, perto do fechamento, as ações da Ecorodovias estavam entre as maiores altas do Ibovespa, com valorização de 8,26% a R$ 6,95.
Alckmin pode disputar cargo nestas eleições
O nome do ex-governador Geraldo Alckmin é um dos cogitados para compor chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fim de disputar as eleições presidenciais deste ano.
De perfil de direita, a chapa com o ex-governador, até pouco tempo do PSDB, é vista como uma inflexão da estratégia de campanha petista ao centro.
Segundo informações da rádio CBN, a filiação de Alckmin ao PSB deve sair na próxima semana.
Além de Alckmin, outros presidenciáveis, como o governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), foram alvo de operações ou declarações da Polícia Federal, sem que houvesse apresentação de denúncia, até o momento, contra eles.
O Suno Notícias procurou a assessoria do ex-governador Geraldo Alckmin mas não obteve retorno até o momento. O espaço para manifestação permanece aberto.