O bilionário e investidor húngaro George Soros, por meio de uma carta enviada ao jornal londrino “Financial Times”, disse que Mark Zuckerberg e a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, deveriam ser removidos do controle da empresa. Em outras ocasiões, Soros já tinha criticado a empresa.
A carta de George Soros é uma crítica ao texto de Zuckerberg, publicado pelo “Financial Times” no último domingo (16). Nele, o criador do Facebook solicitou mais regulamentação no setor e disse que novas regras podem prejudicar os resultados do Facebook a curto prazo, mas ajudarão a longo prazo.
Entretanto, Zuckerberg novamente não tomou uma posição acerca da restrição a anúncios políticos, somente levanta o questionamento se as empresas privadas ou governos que devem tratar do assunto.
“Não acho que as empresas privadas devam tomar tantas decisões sozinhas quando tocam em valores democráticos fundamentais”, escreveu o CEO do Facebook em seu artigo.
Na última segunda-feira (17), a União Europeia (UE) rejeitou a proposta do gigante das redes sociais sobre a forma com que o conteúdo online deve ser regulamentado. Bruxelas salientou que a companhia terá de assumir mais responsabilidade pelo material ilegal que é transmitido em suas plataformas.
Crítica de Soros
De acordo com Soros, Zuckerberg precisa parar de “ofuscar os fatos argumentando piamente pela regulamentação do governo”. Além disso, segundo ele, o presidente do Facebook tem se envolvido em acordos de assistência mútua com o presidente norte-americano Donald Trump, o que pode beneficiar sua candidatura à reeleição presidencial.
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“O Facebook não precisa esperar que os regulamentos do governo parem de aceitar qualquer publicidade política em 2020 até depois das eleições”, escreveu o húngaro. “Se houver alguma dúvida sobre se um anúncio é político, ele deve agir com cautela e se recusar a publicar. É improvável que o Facebook siga esse curso”.
No fim de janeiro, George Soros publicou um artigo no jornal “The New York Times” pedindo a saída de Zuckerberg, argumentando que sua empresa ajudou Trump na eleição passada. Soros salientou que há indícios de que a rede social está propensa a ajudar o republicano novamente.
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