A maioria do mercado avalia que a reforma tributária deverá aumentar a geração de empregos no País e melhorar os resultados da indústria, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12).
Em contrapartida, espera-se uma piora dos resultados dos setores de comércio e serviços. Para 66%, a reforma tributária deve aumentar o bem-estar das pessoas, enquanto 34% veem diminuição.
A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.
Oito a cada dez especialistas esperam queda da Selic em 2023
A percepção de que a taxa Selic será reduzida ainda este ano se tornou unânime no mercado em julho, mostra pesquisa Genial/Quaest.
Entre maio e julho, a razão dos que preveem cortes da Selic em 2023 avançou de 88% para 100%.
A aposta majoritária (92%) é de início do ciclo de cortes de juros em agosto, enquanto 7% esperam que o Banco Central só comece a reduzir a Selic em setembro e 1%, em novembro.
Em agosto, 56% preveem redução de 0,25 ponto porcentual dos juros, contra 32% que esperam queda de 0,5 ponto.
Apenas 1% dos entrevistados projeta redução maior do que 0,5 ponto. Outros 7% esperam manutenção dos juros em 13,75%, enquanto 4% preveem uma alta de 0,25 ponto porcentual.
Para 94%, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tomou a decisão certa ao manter a meta de inflação em 3%, enquanto 6% classificaram a medida como errada. A adoção de uma meta de inflação contínua foi vista como positiva por 81% e como negativa por 19%.
Preocupação com ‘fator Lula’ na Selic
A maioria dos entrevistados (86%) classifica a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em 2023 como positiva, contra 7% de regular e 7% de negativo.
Ao todo, 71% se disseram “muito preocupados” com a futura indicação de um nome para a Presidência do BC pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra 27% que afirmaram estar “pouco preocupados” e 2% que se disseram “nada preocupados”.
A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.
Com Estadão Conteúdo