A General Motors (GM/GMCO34) iniciou o processo de demissão de quatro mil funcionários na América do Norte. O processo durará cerca de duas semanas.
A medida da General Motors é integrante de um plano de reestruturação anunciado pela montadora de carros em novembro de 2018.
O mais rigoroso plano desde o pedido de proteção contra falência, em 2009.
Outras medidas estão inclusas no plano, como o fechamento de cinco fábricas nos Estados Unidos da América (EUA) e no Canadá. Além do encerramento de duas fábricas fora da região (em local não divulgado) ainda neste ano.
Os pagamentos devidos serão feitos pela General Motors, e também haverá oferta de pacotes de compensação aos funcionários demitidos, com suporte para buscar novos empregos.
A GM estima que oito mil vagas de trabalho sejam fechados. Assim, resultando em uma economia de US$ 2,5 bilhões em 2019.
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Manifestações no Canadá
Durante o intervalo do Superbowl (final do campeonato de futebol norte-americano) no Canadá, um sindicato veiculou um anúncio no último domingo (3). O anúncio era contra o fechamento de uma fábrica da General Motors no país.
No vídeo, o fato de que os canadenses auxiliaram a montadora no período da falência, há dez anos, foi relembrado. Somado a isso, havia o pedido de que as pessoas não comprassem carros da fabricante feitos no México.
De acordo com o anúncio, as operações da GM estão crescendo no país latino-americano, ao passo que a empresa planeja fechar a unidade de Oshawa.
O sindicato já havia liderado um ato em 11 de janeiro, e foi contatado por advogados da General Motors que exigiam que o anúncio na TV não fosse ao ar.
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General Motors no Brasil
A General Motors (GM) vem enfrentando dificuldades para permanecer na indústria automobilística do Brasil.
Em 18 de janeiro, o presidente da GM do bloco econômico Mercosul, Carlos Zarlenga, alertou os funcionários via e-mail que a montadora poderia deixar a América do Sul.
Todavia, a fim permanecer no Brasil, a montadora tem negociado uma série de reajustes com os funcionários, dentre os quais:
- redução do piso salarial;
- redução da participação nos resultados;
- terceirização em todas as áreas;
- licença não remunerada;
- e aumento da jornada de trabalho.
As propostas de reajuste ocorrem após um acordo fechado em 2017, conforme o jornal “O Estado de S. Paulo”.
No período, a montadora também ameaçou deixar o Brasil. No acordo de 2017, os funcionários aceitaram as seguintes mudanças:
- redução do piso salarial;
- redução do adicional noturno;
- e suspensão de reajustes pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Por estado, a General Motors possui fábricas em:
- Rio Grande do Sul: Gravataí;
- Santa Catarina: Joinville (autopeças);
- São Paulo: Mogi das Cruzes (autopeças), São Caetano do Sul e São José dos Campos.
Contudo, a General Motors anunciou no último sábado (02) que está analisando a viabilidade para investir R$ 10 bilhões no Brasil, entre 2020 e 2024, segundo a agência “Reuters”.