A Gensa Serviços Digitais, controladora da GenBit, chamada de pirâmide financeira em matéria exibida pela “Rede Record” no último domingo (17), chegou a adquirir jatinhos com o dinheiro captado de clientes da empresa. A suposta pirâmide teria enganado cerca de 45 mil pessoas, dentro e fora do Brasil, segundo informações do Ministério Público do Estado de São Paulo.
A Genbit, por meio da “Zero10 Club“, afirmava aos seus clientes que trabalhava com investimentos em moeda digital. A empresa chegou a lucrar, segundo a reportagem, cerca de R$ 1 bilhão prometendo ganhos de 5% a 15% ao mês.
O golpe teria sido articulado por Nivaldo Gonzaga dos Santos, dono da empresa, e seu filho, Gabriel Tomaz Barbosa. Os dois estão sendo procurados para prestar esclarecimentos à Justiça.
A Justiça Federal buscou os valores em contas das empresas da Gensa no Brasil, porém até o momento não encontrou nada. A suspeita é de que os valores tenham sido depositados em contas do exterior, que ainda não foram identificadas.
O Ministério Público solicitou, de acordo com a reportagem da Record, a quebra dos sigilos bancários para rastrear o dinheiro. Depois de denúncias feitas por clientes lesados pela empresa, a Zero10 Club passou a ser investigada pela Justiça de Campinas, interior de São Paulo. O delegado apontou crimes como:
- lavagem de dinheiro;
- estelionato;
- formação de organização criminosa;
- crime contra o sistema financeiro.
Pirâmide Financeira
A pirâmide financeira é um modelo que atrai pessoas interessadas em “dinheiro fácil”, com pouco esforço e resultados a curto prazo. Essa atividade tem uma duração limitada, já que o próprio modelo não se sustenta e apenas os primeiros investidores conseguem o retorno financeiro.
Operar no esquema de pirâmide financeira, supostamente feito pela GenBit, é crime contra a economia popular (Lei 1.521/51).