Gastos das classes C e D em estabelecimentos online sobem 60% com coronavírus
Os gastos das classes C e D em estabelecimentos online aumentaram 60%, enquanto cresceram 40% em supermercados durante a epidemia do novo coronavírus no Brasil, segunda pesquisa realizada pela Superdigital, fintech do Grupo Santander.
Conforme o levantamento, embora tenha sido registrado um aumento nesse segmento, o consumo desses clientes anotou em média uma baixa de 12% com medidas de quarentena para conter o avanço do coronavírus no País.
A pesquisa feita pela Superdigital adotou a divisão em três períodos:
- 15 de fevereiro a 15 de março (30 dias antes das medidas de restrição);
- 16 de março a 15 de abril (30 primeiros dias da quarentena);
- 16 de abril a 15 de maio (segundo mês de isolamento).
Com isso, o levantamento indicou que, entre o primeiro e o segundo período, os clientes das C e D despenderam 33% menos em restaurantes, 37% menos com transporte, 28% menos com combustível e 74% menos com hospedagem.
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Os dados também apontam que, no intervalo entre o primeiro e o terceiro período, os gastos com restaurante caíram 31%; 47% com transporte; 37% com combustível e 74% com hospedagem. Ao mesmo tempo, as despesas em estabelecimentos online cresceram 62% e 29% nas compras em supermercados.
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Segundo a pesquisa, para gastos feitos exclusivamente em aplicativos, os dados indicam um aumento de:
- 63% nos apps de delivery
- 278% em e-commerces em geral
- 41% em serviços de streaming.
Ao mesmo tempo, as despesas em aplicativos de transporte registram uma queda de 48%. Para as redes físicas de fast food, o recuo foi de 64%.
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Além disso, a composição do gasto médio mensal revelou mudanças no modelo de comportamento desses clientes. O consumo em supermercados cresceu R$ 142 para R$ 170, enquanto no online o volume aumentou de R$ 113 para R$ 130. As baixas mais acentuadas foram registradas nos setores de transportes (36%), de R$ 86 para R$ 55; e combustíveis (33%), de R$143 para R$ 96.
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O fenômeno de digitalização acontece em função do isolamento social, segundo o diretor presidente da Superdigital, Felipe Castiglia. Com o coronavírus, aumentou o número de pessoas no regime de home office, bem como volume de clientes que abriram contas digitais para consumir online ou ainda para receber os benefícios do governo federal.