Gastar ou reinvestir os dividendos de fundos imobiliários? Veja simulação

O investidor afeito aos fundos imobiliários tem como um dos principais objetivos em sua jornada de investimentos a busca por dividendos.

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Mas é preciso cuidado: para aproveitar o melhor dos dividendos, potencializados pelos juros compostos, é preciso reinvestir o valor arrecadado e, assim, aumentar seu investimento em um ‘efeito bola de neve’ do bem.

Cálculos realizados pelo simulador de dividendos do portal Infomoney mostram o efeito que reinvestir dividendos tem na carteira do investidor.

Uma simulação de R$ 10 mil investidos em cotas do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) em um período de dois anos, por exemplo, mostra uma diferença de rendimentos de mais de 17% do valor investido entre o cenário sem e com o reinvestimento.

O patrimônio final de quem reinvestiu os rendimentos considera o valor inicial aplicado, a variação das cotas do FII no mercado e mais os dividendos recebidos no período de dois anos, um total de R$ 1.653,96, que foram usados para comprar novas cotas do fundo — as quais passaram a gerar novos proventos.

Isso resulta em uma posição final de R$ 13.194,49 em cotas no KNCR11.

Para quem não reinvestiu, o patrimônio final é menor. Neste cenário, o total de dividendos recebidos ao longo dos dois anos é de R$ 1.550,08, já que novas cotas para aumentar a produção dos proventos não foram adquiridas.

Com isso, a posição final do investidor que não reinvestiu seus dividendos na simulação fica em R$ 11.475,52, beneficiado apenas pela valorização da carteira.

Além de ajudar na valorização, o reinvestimento de dividendos pode ser um potente freio em um cenário de desvalorização das cotas.

Há dois anos, quem comprou R$ 10 mil em cotas do XP Selection (XPSF11) e não investiu os dividendos recebidos teria, hoje, em função da desvalorização das cotas, um valor 26,2% abaixo do original. Caso tivesse reaplicado os rendimentos recebidos no fundo, o patrimônio teria diminuído menos, -9,34%.

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Veja simulação de reinvestimento de dividendos

A diferença entre os cenários com e sem reinvestimento pode ser expressiva. Confira abaixo a lista dos fundos que contam com as maiores diferenças, considerando os 106 fundos imobiliários que compõem o Ifix nos últimos dois anos:

TickerFundoSegmentoVariação com reinvestimento  (em %)
Variação sem reinvestimento (em %)
URPR11Urca Prime RendaOutros37,35-5,61
ARRI11Átrio Reit RecebíveisTítulos e Val. Mob.55,0917,76
ARCT11Riza Arctium Real EstateHíbrido42,647,5
CVBI11VBI CRITítulos e Val. Mob.44,8111,83
RECR11REC RecebíveisTítulos e Val. Mob.320,1
VGIP11VALORA IPOutros31-0,62
HABT11Habitat IITítulos e Val. Mob.23,85-5,28
BCRI11Banestes CRITítulos e Val. Mob.27,14-1,48
PORD11Polo RecebíveisTítulos e Val. Mob.26,31-1,79
XPCI11XP Crédito ImobiliárioOutros35,227,59

Fonte: InfoMoney. Dados obtidos em 26/08/2022. Obs: A variação de patrimônio com o reinvestimento dos dividendos considera a compra de novas cotas de cada FII.

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Laura Intrieri

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