Gasolina: preço médio nos postos é de R$ 7,295/litro, valor nominal recorde
O preço médio da gasolina comum ao consumidor no Brasil fechou a semana em R$ 7,295 por litro, de acordo com dados recentes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor médio ficou 0,2% acima do registrado na semana anterior.
O preço médio desta primeira semana de maio é o maior nível, em termos nominais, desde que a ANP começou a fazer o monitoramento semanal, em maio de 2004. Os valores nominais não atualizam os preços pela inflação acumulada no período.
A média de R$ 7,295 por litro foi obtida a partir da pesquisa em 5.146 postos de todo o país. O preço mais barato encontrado pela ANP foi de R$ 6,199 por litro, em São Paulo. O mais caro foi R$ 8,999, em Santa Catarina.
A gasolina comum mais cara do País é encontrada no Piauí, com R$ 8,136 por litro de média. Já a mais barata foi encontrada pela ANP no Amapá, com R$ 6,482 de média.
O preço médio do óleo diesel no País, por sua vez, atingiu R$ 6,63 por litro nesta primeira semana de maio, 0,3% acima da semana anterior. Apesar da alta, o preço não é recorde – na semana encerrada em 19 de março deste ano, a média nacional ficou em R$ 6,654 por litro.
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Defasagem do preço do diesel atinge 27% e da gasolina registra 11%
A defasagem da gasolina em relação ao mercado internacional voltou a subir no Brasil, após quase uma semana praticamente estável, enquanto a do diesel subiu ainda mais nesta sexta-feira, 29. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel está com uma defasagem de 27% na comparação com os preços praticados no Golfo do México, enquanto o preço da gasolina registra 11% de diferença.
No 50º dia sem aumento dos combustíveis pela Petrobras (PETR4), a estatal teria que aumentar o litro do diesel em R$ 1,71 e o da gasolina em R$ 0,45, segundo a Abicom.
Tanto o petróleo como o dólar, usados como base para o cálculo da defasagem, assim como os custos de importação, têm registrado grande volatilidade nos últimos dias, mas permanecem em níveis elevados.
A defasagem nos portos usados como referência pela estatal (Itacoatiara, Itaqui, Suape, Santos e Araucária) chega a 29% para o diesel, enquanto no porto de Aratu, na Bahia, onde funciona a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, essa diferença cai para 20%. A refinaria privada tem feito reajustes quase todas as sexta-feiras, no final da tarde.
De acordo com a Abicom, essa defasagem impede as importações, que vão depender das grandes importadoras como Petrobras, Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ipiranga. O Brasil importa 25% do diesel consumido no mercado interno e cerca de 3% da gasolina.
A necessidade de reajuste pela Petrobras, para evitar um desabastecimento no País, tem levado o governo a estudar subsídios para os combustíveis neste ano eleitoral. A ideia é pagar a Petrobras para amenizar os aumentos no bolso do consumidor.
(Com informações do Estadão Conteúdo)