A gasolina da Petrobras nas refinarias teve uma alta de 21% no acumulado do ano. Os dados são da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP).
Esse é o maior patamar em quatro meses e meio. De acordo com dados, o valor da gasolina subirá 1,5% no sábado, indo para R$ 1,8235 por litro. Porém, a elevação não está se refletindo no preço praticado pelos postos. De acordo com a ANP, o preço médio do combustível caiu 2%. Os dados são referentes a esta semana.
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O aumento se deve a valorização do preço do petróleo no mercado mundial. O corte de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a sanções americanas no setor de petróleo da Venezuela e do Irã afetaram a oferta da commodity. Nesta semana, os preços chegaram ao maior valor em quatro meses.
Cálculos do reajuste nas bombas
Apesar da elevação, as distribuidoras e revendedoras tem estratégias para flexibilizar o preço, como o valor de etanol anidro misturado à gasolina.
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De acordo com a Petrobrás, os valores nas refinarias equivalem a 29% do preço nas bombas pago pelos consumidores. A porcentagem aproximada é uma média dos valores cobrados entre os dia 17 e 23 de fevereiro em 13 capitais e regiões metropolitanas do Brasil.
Outros 48% são compostos de tributos, dos quais:
- 31% correspondem Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- 17% relativos à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e PIS/Cofins;
Do restante, 13% cobrem os custos do etanol anidro que compõe 27% da gasolina comum e 10% são relativos aos custos e lucro de distribuidores de postos.
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Nova metodologia
No ano passado, o governo comunicou o fim do programa de subvenção do diesel criada após a greve dos caminhoneiros, ocorrida no fim de maio. Uma das reivindicações da categoria era a redução do preço do combustível.
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Em março de 2018, a Petrobrás modificou a forma de reajuste, passando a divulgar os preços do litro de gasolina e do diesel vendido nas refinarias e não só os percentuais da variação dos preços.