Após o redução anunciada na terça (19) pela Petrobras (PETR4), o preço da gasolina está próximo da paridade internacional, segundo levantamento da StoneX.
A consultoria avalia que cerca de R$ 0,0o5 separam o preço da gasolina praticado atualmente da paridade internacional, com a cotação do petróleo atualmente.
Já o diesel, segundo a StoneX, está mais caro no Brasil. Os dados mostram que há um descolamento de 4,6% em relação à paridade internacional, dando um espaço para uma redução de 26 centavos no preço do combustível.
Segundo declaração do consultor em gerenciamento de risco da StoneX, Pedro Shinzato, ao jornal Valor Econômico, o diesel é justamente o combustível que sofre maior variação no momento atual.
“Entre os derivados líquidos, o diesel é o que tem o cenário de oferta e demanda mais apertada, está muito volátil”, diz.
Vale lembrar que o petróleo Brent está cotado a US$ 105, ao passo que nas semanas anteriores a commodity ultrapassava os US$ 120.
Entenda a queda no preço da gasolina
A Petrobras (PETR4) anunciou nesta terça-feira (19) que vai reduzir o preço da gasolina em aproximadamente 5%, em preço que passa a ser pratica já nesta quarta-feira (20) nas refinarias.
O valor do litro da gasolina passa a ser de R$ 3,86, R$ 0,20 a menos do que o preço anterior (R$ 4,06/litro). A Petrobras ainda não se pronunciou a respeito do preço do diesel.
A redução segue um movimento de queda moderada do preço do petróleo e ocorre após a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, reduzir o preço da gasolina em cerca de 7% na última sexta-feira.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba”, disse a Petrobras, em nota.
Outro fator importante para a queda do preço da gasolina é a pressão vinda do governo federal, com a intenção de que, em conjunto a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em um teto entre 17% e 18% ajude a frear a inflação, um dos obstáculos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a companhia.
O último reajuste na gasolina foi em 17 de junho, quando a Petrobras elevou em 5,18% o preço da gasolina e em 14,26% o valor do diesel vendido em suas refinarias.