Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), na média a gasolina está 8% mais caras na refinarias do Brasil no comparativo com o mercado internacional. No diesel, a diferença é de 4% no mesmo comparativo.
Além disso, a Abicom avalia que com a derrocada do petróleo nos últimos dias, deixando a cotação do Brent no patamar de US$ 70, e a manutenção dos preços dos derivados nas refinarias da Petrobras (PETR4) no mercado interno há quase um mês, as janelas de importação estão abertas.
Na Bahia, onde funciona a única refinaria privada relevante, a Refinaria de Mataripe, a defasagem de preço chega a 15% no caso da gasolina, enquanto o diesel está sendo vendido 1% abaixo do mercado internacional.
Nas refinarias da Petrobras, a gasolina está 6% mais cara do que no exterior e o diesel, 5%.
Para atingir a paridade internacional, a estatal poderia reduzir o preço da gasolina em R$ 0,16 o litro e o diesel em R$ 0,19 o litro, segundo a Abicom.
Nesta sexta-feira mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que a Petrobras reduza os preços dos combustíveis para ajudar a diminuir o impacto inflacionário no País, e com isso permitir que o Banco Central reduza os juros e estimule a economia.
Na avaliação de Silveira, a redução de preços poderia ser entre R$ 0,32 e R$ 0,42 para o diesel e entre R$ 0,10 e R$ 0,12 para a gasolina.
Com Estadão Conteúdo