A Petrobras (PETR4) informou nesta sexta-feira (8), que o preço do Gás Natural Liquefeito de Petróleo (GLP) será reduzido em média em 5,5% a partir do sábado, 9, nas refinarias da estatal. O preço do quilo do gás de cozinha passa a ser de R$ 4,23, informou a companhia. Em 11 de março, a Petrobras havia elevado o combustível em 16%, acompanhando a alta do preço do petróleo.
“Acompanhando a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para o GLP, e coerente com a sua Política de Preços, a Petrobras reduzirá seus preços de venda às distribuidoras”, disse a empresa.
A gasolina e o diesel permanecem com os preços inalterados.
Com a queda, o gás de cozinha, de 13 quilos, passa a ser de R$ 54,94 em média, refletindo redução média de R$ 3,27 por 13 kg, segundo a Petrobras.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão de 13 quilos era vendido na semana de 27 de março a 2 de abril ao preço médio de R$ 113,63 no território nacional, com o preço mais alto atingindo R$ 160.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, informou a companhia.
Abegás diz que Petrobras tem capacidade de reduzir também preço do gás natural
Após o anúncio da queda de 5,5% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) pela Petrobras, a Associação Brasileira de Gás Canalizado (Abegás) divulgou nota na qual apela para que a empresa dê o mesmo tratamento ao gás natural, que vem tendo reajustes elevados nos últimos meses.
“O anúncio feito nesta sexta-feira pela Petrobras é um indicador da capacidade da empresa de ofertar combustível a preços mais competitivos”, disse a Abegás em nota.
A Petrobras anunciou nesta sexta, 8, a queda de 5,5% do GLP, cerca de um mês depois de aumentar o insumo em 16% por causa da alta do petróleo no mercado internacional, impulsionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Segundo a Abegás, a redução do preço da molécula é fundamental para beneficiar diretamente os mais de 4 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e usuários de Gás Natural Veicular (GNV), com reflexos indiretos positivos para todos os brasileiros que consomem produtos e serviços impulsionados pelo gás natural.
O gás natural sofreu um forte aumento no início do ano, da ordem de 50%, e a expectativa é de que suba cerca de 30% até agosto.
Com Estadão Conteúdo