Lançamentos da Gafisa vão retomar até início de 2020, diz presidente
O presidente da Gafisa (GFSA3), Roberto Portella, informou que os lançamentos da empreiteira vão recomeçar no final de 2019 ou no início de 2020. O executivo conversou em teleconferência com analistas e investidores nesta sexta-feira (16).
Ao longo de 2019 a Gafisa não fiz lançamentos. Entretanto, segundo Portella, dois projetos estão sendo preparados para serem apresentados ao mercado. Além disso, o presidente da construtura salientou como estão sendo avaliadas possíveis parceiras com outras empresas.
Para Portella, graças a um novo aumento de capital de até R$ 273 milhões a Gafisa terá “musculatura para enfrentar os desafios do planejamento estratégico” e para o desenvolvimento de novos empreendimentos.
O presidente da construtora salientou que “a intenção é que a Gafisa volte a empreender”.
Aumento de capital anunciado
Na última quinta-feira (15) a empresa anunciou um novo aumento de
capital. O preço-base por ação foi indicado em R$ 6,57, com uma subscrição privada de 48.968.124 papéis. O aumento será realizado até de 120 milhões de ações, o limite do capital autorizado da Gafisa.
Será aplicado um deságio escalonado sobre o valor de R$ 6,57 por ação. Por sua vez, no exercício do direito de preferência e sobras, será aplicado um desconto de 15%. Algo que resultará em preço de R$ 5,58 por ação ordinária. Por sua vez, na subscrição das sobras adicionais, será concedido um deságio de 3%, e o valor ficará em R$ 5,42.
Os detentores de ações ordinárias no dia 21 de agosto terão 30 dias para exercer seu direito de preferência a partir da data da publicação do aviso aos acionistas.
Redução do prejuízo da Gafisa
A Gafisa informou na última quarta-feira (14) que conseguiu, no segundo trimestre, reduzir seu prejuízo em 49%, chegando a R$ 12,7 milhões. Contudo, a receita líquida da empresa caiu para R$ 99,7 milhões, cerca de 64,7% a menos.
A margem bruta ajustada foi elevada em 10,4% entre os dois trimestres do ano, passando de 38,6% para 49%. O caixa gerado pela Gafisa foi de R$ 6,9 milhões no trimestre.
A empresa tinha alavancagem medida por dívida sobre patrimônio líquido de 102,2%, um nível bem abaixo dos 161,8% do fim do primeiro trimestre.
A queda, segundo a companhia, foi consequência da entrada em caixa de R$ 132,3 milhões do aumento de capital e “da atual diligência com os recursos da companhia”.
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As vendas brutas reduziram em 78,3% para R$ 87,9 milhões, e os distratos caíram 47,1%, para R$ 31,7 milhões.
Já as vendas líquidas tiveram queda de 56% em uma comparação com o mesmo período de 2018 para R$ 56 milhões. A empresa não apresentou lançamentos no trimestre.
Alphaville Urbanismo registra crescimento em prejuízo
A Alphaville Urbanismo, empresa que a Gafisa detém 30%, teve seu prejuízo líquido elevado em 17% no segundo trimestre de 2019, comparando com o mesmo período do ano passado, para R$ 232 milhões.
Já a receita líquida da loteadora aumentou para R$ 21 milhões, um crescimento registrado de 5%.
Após reduzir a zero o saldo contábil de sua fatia no capital da loteadora, a Gafisa descontinuou o reconhecimento de sua participação em perdas futuras.
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A Gafisa estaria negociando a troca de sua participação em Alphaville Urbanismo por ativos. Entretanto, não foi informada a conclusão desse processo.