Gafisa tem prejuízo reduzido em 49% no segundo trimestre de 2019
A construtora Gafisa (GFSA3) informou nesta quarta-feira (14) que conseguiu, no segundo trimestre, reduzir seu prejuízo em 49%, chegando a R$ 12,7 milhões. Contudo, a receita líquida da empresa caiu para R$ 99,7 milhões, cerca de 64,7% a menos.
A margem bruta ajustada foi elevada em 10,4% entre os dois trimestres do ano, passando de 38,6% para 49%. O caixa gerado pela Gafisa foi de R$ 6,9 milhões no trimestre.
A empresa tinha alavancagem medida por dívida sobre patrimônio líquido de 102,2%, um nível bem abaixo dos 161,8% do fim do primeiro trimestre.
A queda, segundo a companhia, foi consequência da entrada em caixa de R$ 132,3 milhões do aumento de capital e “da atual diligência com os recursos da companhia”.
As vendas brutas reduziram em 78,3% para R$ 87,9 milhões, e os distratos caíram 47,1%, para R$ 31,7 milhões.
Já as vendas líquidas tiveram queda de 56% em uma comparação com o mesmo período de 2018 para R$ 56 milhões. A empresa não apresentou lançamentos no trimestre.
Alphaville Urbanismo registra crescimento em prejuízo
A Alphaville Urbanismo, empresa que a Gafisa detém 30%, teve seu prejuízo líquido elevado em 17% no segundo trimestre de 2019, comparando com o mesmo período do ano passado, para R$ 232 milhões.
Já a receita líquida da loteadora aumentou para R$ 21 milhões, um crescimento registrado de 5%.
Após reduzir a zero o saldo contábil de sua fatia no capital da loteadora, a Gafisa descontinuou o reconhecimento de sua participação em perdas futuras.
Gafisa mira listagem na NYSE
A Gafisa iniciou um processo de renegociação de dívidas com os principais bancos do Brasil, em maio de 2019. Além disso, a companhia mira a listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) novamente.
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As medidas fazem parte da gestão do novo presidente-executivo da Gafisa, Roberto Portella, que substituiu Ana Recart, ligada à gestora GWI, no fim de março.
“Não existe intenção de calote ou de qualquer processo que faça mal à credibilidade da empresa. Pelo contrário […] Queremos recuperar as operações e contar com recursos do mercado financeiro. Vamos buscar alongar a dívida e renegociar as condições”, afirmou o CEO da Gafisa ao “Estado de S. Paulo”.