O Bradesco BBI voltou a cobrir a Gafisa (GFSA3) após quase dois anos. Em relatório, o banco atribui um preço-alvo de R$ 5,50 para a construtora, o que implica em um crescimento potencial de 34% em relação ao fechamento do pregão de ontem (22).
Apesar de ver uma possível valorização para o papel da Gafisa, o Bradesco BBI atribuiu recomendação neutra para a companhia, com risco equilibrado.
Além disso, na avaliação do banco, “a proposta de valor agregado da Gafisa ainda está sendo reconstruída e pode crescer.”
O relatório assinado por Bruno Mendonça, Hugo Grassi e Pedro Lobato, afirma que a atual gestão da construtora está há dois anos “em uma limpeza sísmica do balanço” e já tem muito a mostrar, citando a menor dívida líquida em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Mas, para que o banco veja a reviravolta completa, a Gafisa precisa continuar aumentando os lançamentos em 2021 e 2022, e alcançado margens saudáveis. Além disso, a empresa precisa integrar adequadamente fusões e aquisições recentes e futuras, “desafiando o ceticismo do mercado em relação a fusões e aquisições no setor”.
Além disso, os analistas consideram que apesar da companhia estar negociando com desconto e já gerando resultado financeiro positivo desde o quarto trimestre do ano passado, ela “está apenas na metade do processo de aumentar os ganhos para fornecer rentabilidade adequada sobre seu patrimônio e justificar qualquer prêmio.”
Nesse sentido, o banco está tratando a estratégia de diversificação em estágio inicial como “uma opção positiva”, que ainda não reflete no preço-alvo: “A visibilidade ainda é escassa para uma avaliação independente, pois as iniciativas podem levar alguns anos para se materializar.”
Vendas da Gafisa sobem 386% no 2T21
Na última segunda-feira (19) a companhia divulgou sua prévia operacional do segundo trimestre deste ano, com R$ 201 milhões em vendas brutas, o que equivale a um aumento de 386% em comparação com o segundo trimestre de 2020.
Além disso, no primeiro semestre do ano, as vendas cresceram 355% em comparação aos primeiros seis meses do ano passado, para R$ 364 milhões.
Em nota, o vice-presidente institucional da construtora e incorporadora, Ian Andrade, explicou que “os números reforçam o compromisso da nossa administração com o crescimento sustentável das vendas e do lucro, indicando que a empresa está no caminho certo”.
Cotação
A ação da Gafisa (GFSA3) encerrou o pregão de hoje (23) em queda de 0,73%, valendo R$ 4,08.
