A Gafisa (GFAS3) informou ao mercado que seu conselho de administração aprovou a emissão de até R$ 117,5 milhões em debêntures.
Segundo o comunicado da Gafisa, a oferta restrita será destinada apenas para investidores profissionais e consistirá na distribuição pública de debêntures conversíveis em ações ordinárias. O valor nominal unitário de cada debênture é de R$ 10 mil.
A emissão será realizada em duas séries, denominadas “Série I” e “Série II”, diferenciadas pela data de vencimento, data da realização da conversão e prazo para integralização. Ao todo serão emitidas 11,7 mil debêntures, sendo 4,2 mil na Série I, e 7,5 mil na Série II.
As debêntures Série I terão o prazo de 26 dias contados da data de emissão sendo o vencimento final em 16 de novembro deste ano. Os recursos serão destinados para o pagamento da aquisição feita pela Gafisa, da totalidade da participação detida pela Calçada em certos ativos imobiliários, em diferentes estágios de desenvolvimento, na cidade de Rio de Janeiro.
Já as de Série II, terão o prazo de 161 dias contados da data de emissão, sendo vencimento em 31 de março de 2021. Os recursos serão utilizados para aquisição de R$ 50 milhões em quotas do Brazil Realty Fundo de Investimento Imobiliário.
A remuneração das debêntures incidirão a juros correspondentes a 100% do Depósito Interfinanceiros (DI).
Por volta das 15h20, as ações ordinárias da Gafisa registravam uma variação negativa de 1,12%, negociadas a R$ 4,43.
Gafisa registra crescimento de 85% no prejuízo do 2T20
A Gafisa registrou prejuízo de R$ 23,5 milhões no segundo trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a um crescimento de 85% em comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado prejuízo de R$ 12,7 milhões.
A receita líquida da Gafisa foi de R$ 83,8 milhões no período abril a junho, em relação ao segundo trimestre de 2019, esse valor apresentou aumento de 15,9%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$7,7 bilhões, avanço de 87,9% quando comparado com o primeiro trimestre e queda de 79,4% quando comparado com o mesmo período no ano passado. A margem Ebitda ajustada ficou em 9,2%.
De acordo com a empresa de ramo imobiliário, o processo de reestruturação foi no primeiro trimestre e o planejamento constava que no período de abril a junho a inauguração da fase de crescimento com a retomada dos lançamentos. “Contudo, em função da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a administração optou por postergar os lançamentos para o segundo semestre de 2020. Temos atualmente 3 empreendimentos em fase de pré-lançamento, com previsão de lançamento ainda no terceiro trimestre deste ano”, informou a Gafisa.