Acionistas da Gafisa (GFSA3) querem acionar a GWI, de Mu Hak You. A informação é do “Broadcast/Estadão”.
A Associação Brasileira de Investidores (Abradin) estaria pressionando o conselho da Gafisa para que o assunto seja debatido na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Para o grupo, a GWI agiu de má fé enquanto presidiu a companhia.
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Os investidores argumentão que a Gafisa iniciou um programa de recompra de ações quando tinha pouco recursos em caixa. A medida provocou uma valorização dos papéis da companhia. Dessa forma, a GWI, maior acionista da empresa até o começo desde ano, teria se beneficiado da própria medida. Por outro lado, fornecedores ficaram sem pagamento.
A Gafisa encerrou 2018 com R$ 137,2 milhões em caixa e dívidas de R$ 348,4 milhões que devem vencer neste ano.
Responsabilização da GWI
Por enquanto, as suspeitas da associação estão em fase de apuração. A atual administração aguarda um laudo da comissão de auditoria, que foi montada para revisar as contas da companhia.
O atual presidente da empresa, Roberto Portella, disse que irá rever os atos da administração da GWI. Dentre eles, a decisão que fez Mu Hak ter mais que 50% das ações da incorporadora sem realizar uma oferta pública de ações (OPA). O estatuto da Gafisa determina que seja aberto uma OPA em casos assim.
A Gafisa e a GWI não se manifestaram.
Balanço da Gafisa em 2018
A incorporadora registrou um prejuízo líquido de R$ 296,85 milhões durante o quarto trimestre de 2018. No entanto, o valor foi 20,45% menor que os R$ 373,16 registrados no mesmo período do ano anterior.
Além disso, a empresa ainda registrou uma receita líquida de 192,92 milhões no período. O valor é 43,60% inferior aos R$ 342,06 milhões obtidos no quarto trimestre de 2017.
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Os ativos totais da Gafisa totalizaram R$ 2,53 bilhões durante o quarto trimestre de 2018, um montante 12,17% menor que o saldo de R$ 2,88 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.