Gabriel Galípolo se esquiva sobre sucessão para presidente do Banco Central
Durante o 2º Warren Institutional Day, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central (BC), se esquivou sobre inferência sobre ser o sucessor de Roberto Campos Neto na cadeira de presidente da autoridade monetária.
Em painel mediado por Felipe Salto e Sergio Goldenstein, economista-chefe e estrategista-chefe da Warren, respectivamente, Galípolo disse que “Campos Neto segue atuante”.
Sergio Goldenstein, na abertura, brincou que ambos estavam ‘diante do próximo presidente do Banco Central. Galípolo agradeceu a ‘brincadeira carinhosa’ e reiterou que segue somente como diretor que cabe ao Presidente da República a indicação, acrescentando que o nome ainda terá de passar por sabatina do Senado.
Salto, em fala ao fim do painel, disse que espera que Galípolo seja o próximo presidente do BC, o que seria ‘bom para a sua carreira e também para o Brasil’.
Galípolo comenta alternância no Banco Central
Durante o painel, Galípolo ainda declarou que tem um tema relevante sobre alternância de diretores do Banco Central.
“Às vezes brinco com o Roberto [Campos Neto] que ele será o último presidente como a gente conhece. A ideia da autonomia é ter menos ruptura. Anteriormente você tinha um presidente do BC que escolhia os diretores, e com a autonomia, o que você tem é uma agenda institucional do BC, e agora a governança será mais colegiada”.
O diretor do Banco Central observou que seis diretores da autoridade monetária que estão lá já são conhecidos, ao passo que outros precisam conquistar credibilidade junto ao mercado e a sociedade.
“Das nossas medidas e comunicação, o que tentamos fazer, e o que eu tenho tentado dizer, é que precisamos ganhar credibilidade. Isso passa por você ter falas e ações coerentes. Vou ter até março de 2027, meu mandato, para mostrar o quanto eu prezo por isso”, disse Galípolo.