Futuros de NY sobem com resultados das big techs; Nasdaq avança 0,9%
Os mercados futuros de Nova York operam em alta na manhã desta sexta-feira (31), após fortes resultados das gigantes da tecnologia, divulgados na última quinta-feira (30). A Europa, por sua vez, opera de forma mista após o PIB da zona do euro cair 12,1% no segundo trimestre.
Por volta das 8h, os mercados futuros dos EUA operavam no azul. A Nasdaq avançava 0,91%, a 10.889,12 pontos. A bolsa da tecnologia já subiu quase 20% neste ano, chegando a superar sua máxima histórica, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Os investidores receberam com empolgação os resultados das big techs norte-americanas — Apple, Amazon, Google, Facebook. As empresas registraram resultados acima das expectativas, o que fez com que a Nasdaq apresentasse forte alta no after-martket da última quinta-feira.
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Como destaque, a Apple reportou um lucro líquido de US$ 11,25 bilhões (cerca de R$ 58,05 bilhões) referente ao terceiro trimestre fiscal de 2020. O Google registrou uma queda de US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 13,39 bilhões) na receita de anúncios no segundo trimestre em relação ao ano anterior.
Trata-se da primeira vez em 22 anos que o Google divulga resultados negativos para a área de publicidade da empresa. No entanto, os analistas consultados pela FactSet já esperavam uma queda na receita de publicidade e os investidores não se mostraram surpresos com a notícia. As ações da Alphabet subiram cerca de 2% nas negociações após o horário comercial.
No mesmo horário, o Dow Jones operava em alta de 0,18%, para 26.262,0 pontos. O S&P 500 futuro subia de 0,17%, para 3.254,12 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última terça-feira com uma baixa de 0,38%.
No entanto, segundo Jane Foley, estrategistsa sênior de moeda do Rabobank, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “as empresas de tecnologia estão nos dando uma visão potencialmente distorcida dos mercados de ações”. Para ele, há mais empresas reportando resultados não tão bons do que companhias que elevaram seus números durante a pandemia.
Já na Europa, em contraponto aos futuros dos Estados Unidos, os mercados operam de forma mista após a zona do euro oficialmente entrar em recessão devido à queda de 12,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano.
Considerando os 27 países que fazem parte da União Europeia (UE), a queda foi de 11,9%. Esse foi, “de longe”, o maior recuo desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em 2015, de acordo com a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da região.
Por volta das 8h10, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,53%, a 12.448,75 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +0,28%, para 4.866,89 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava estabilidade de 0,0%, em 5.989,90 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,22%, a 19.463,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,53%, para 3.225,36 pontos.
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As bolsas asiáticas, por sua vez, seguem de olho nas tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos, encerrando majoritariamente em queda. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, no entanto, subiu 0,71%, para 3.310,01 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão com uma queda de 2,82%. O principal índice de Hong Kong, o Hang Sang, por sua vez, fechou com uma baixa de 0,47%, a 24.595,35 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando -0,78%.
Às 7h45, o petróleo WTI apresentava uma alta de 0,60%, sendo negociado a US$ 40,16 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 0,51%, a US$ 43,44 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto.
Os mercados futuros e bolsas globais seguem atentas às incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões globais acentuadas por ela, embora dados recentes e resultados corporativos demonstrem certa recuperação da atividade econômica.