Futuros de NY operam no vermelho no aguardo de resultados; S&P recua 0,9%

Os mercados futuros de Nova York operam em queda na manhã desta quinta-feira (30), à espera do balanço de resultados de grandes companhias de tecnologia. Preocupadas com o avanço da pandemia, as bolsas europeias caíram, enquanto os mercados asiáticos também fecharam no vermelho.

Por volta das 7h10, os mercados futuros dos EUA operavam em baixa. O S&P 500 futuro apresentava uma queda de 0,88%, a 3.223,88 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última quarta-feira (29) com uma alta de 1,24%, menos de 4% abaixo da máxima histórica, atingida em fevereiro.

Desempenho do S&P 500 desde a máxima histórica.

Nesta quinta-feira, serão divulgados os resultados trimestrais de Google (NASDAQ: GOOG), Apple (NASDAQ: AAPL) e Amazon (NASDAQ: AMZN). O mercado permanece atento ao possível impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nos resultados das maiores companhias do mundo.

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Aproximadamente 40% de todas as empresas que fazem parte do índice das maiores companhias dos Estados Unidos divulgaram, ou ainda apresentarão, seus números referentes ao período de abril a junho deste ano. Segundo o FactSet, mais de 70% já superaram as estimativas.

As Big Techs também foram submetidas a uma série de questionamentos no Congresso norte-americano na última quarta-feira, acerca das acusações de domínio do mercado e anticompetitividade.

No mesmo horário, o Dow Jones também caía, a 0,79%, para 26.231,0 pontos. Já a Nasdaq, por sua vez, recuava 0,91%, a 10.577,62 pontos. A bolsa da tecnologia, que já subiu mais de 15% neste ano, deve ter um pregão de alta volatilidade. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, apresentava uma alta de 4,28%, para 27,92 pontos.

Os investidores também estavam de olho nas perspectivas do Federal Reserve (Fed) para a política monetária estadunidense. A autoridade monetária central dos Estados Unidos manteve, na última quarta-feira, a taxa de juros básica no país, entre 0% e 0,25%.

“Os mercados estão chegando aos seus limites sem mais estímulos e uma recuperação muito mais forte”, disse Andrew McCaffery, CIO global de gerenciamento de ativos da Fidelity International, à “Bloomberg”, citando o fracasso em controlar o surto em alguns países.

O presidente do Fed, Jerome Powell, no entanto, indicou que embora os bancos estadunidenses estejam bem capitalizados, um relaxamento temporário nos índices de alavancagem das instituições financeiras pode contribuir para o crédito na economia.

Na Europa, a exemplo dos futuros norte-americanos, operam totalmente no vermelho. Os investidores mostram-se preocupados com o aumento de casos do coronavírus na Alemanha. Além disso, a maior economia da zona do euro registrou o tombo histórico de 10,1% no segundo trimestre.

Por volta das 7h30, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 2,60%, a 12.489,05 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava -1,39%, para 4.889,98 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma baixa de 1,72%, para 6.025,85 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 2,38%, a 19.388,50 pontos. Enquanto isso, a Espanha cai 2,18%. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, recuava 1,83%, para 3.239,79 pontos.

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As bolsas asiáticas, por sua vez, seguem de olho nas tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos, encerrando as negociações em queda. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, caiu 0,23%, para 3.286,82 pontos. Os dados do PMI chinês devem ser divulgados na próxima sexta-feira (31).

A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão com uma queda de 0,26%. O principal índice de Hong Kong, o Hang Sang, por sua vez, fechou com uma baixa de 0,69%, a 24.710,59 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,17%.

Às 7h45, o petróleo WTI apresentava um recuo de 1,48%, sendo negociado a US$ 40,66 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma queda de 1,16%, a US$ 43,58 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto.

Os mercados futuros e bolsas globais seguem atentas às incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões globais acentuadas por ela, além dos impactos financeiros e econômicos em todo o mundo.

Jader Lazarini

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